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Heloísa, Juan Davi, Eloá... 8 crianças foram mortas a tiros no RJ em 2023

Heloísa dos Santos Silva, 3 anos; Juan Davi de Souza Faria, 11 anos; e Eloá Passos, 5 anos: três das oito crianças mortas a tiros no Rio em 2023 Imagem: Reprodução

Do UOL, no Rio

16/09/2023 17h07Atualizada em 16/09/2023 19h17

A menina Heloísa dos Santos Silva, 3 anos, é a oitava criança morta a tiros na Região Metropolitana do Rio de Janeiro em 2023, mostram dados do Instituto Fogo Cruzado, que mapeia dados de violência armada. É o maior número de crianças vitimadas nos últimos cinco anos, segundo o levantamento da entidade.

Recorde de violência contra crianças

Até hoje, 19 crianças foram baleadas no Grande Rio em 2023. Além das oito mortas, 11 delas ficaram feridas por tiros.

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É o maior número de crianças mortas desde 2019. O dado considera crianças de 0 a 11 anos, conforme definição da Unicef.

O número de mortes supera o de 2020, que teve seis crianças vitimadas por armas de fogo até 16 de setembro.

No total, 28 crianças de 0 a 11 anos foram mortas a tiros no Grande Rio desde 2019.

Dez crianças foram mortas durante ações e operações policiais, segundo os dados do Fogo Cruzado.

As oito crianças mortas no RJ

Heloísa dos Santos Silva, 3 anos.

Eloá Passos, 5 anos.

Dijalma de Azevedo Clemente, 11 anos

Lohan Samuel Nunes Dutra, 11 anos

Ester de Assis Oliveira, 9 anos

Maria Eduarda Carvalho Martins, 9 anos

Rafaelle Pacheco, 10 anos

Juan Davi de Souza Faria, 11 anos

Heloísa morreu após tiros da PRF

Heloísa foi baleada na nuca após agentes da PRF (Polícia Rodoviária Federal) atirarem contra o carro de sua família. O caso ocorreu no Arco Metropolitano, na altura de Seropédica, na Baixada Fluminense.

A criança morreu nesta manhã, às 9h22, após sofrer uma parada cardiorrespiratória. Ela ficou nove dias internada no Hospital Municipalizado Adão Pereira Nunes, em Duque de Caxias.

O carro abordado durante a ação da PRF era roubado, mas a família disse que não sabia. A pessoa que teria vendido o veículo à família da menina compareceu à delegacia do Rio para prestar esclarecimentos. "O pai e a mãe da menina não sabiam de nada, quando compraram o veículo", afirmou João Luiz, integrante da ONG Rio de Paz que acompanha a família de Heloísa.

Lula, Dino e PRF lamentam morte

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse estar solidário com a família de Heloísa e disse que a menina foi "atingida por tiros de quem deveria cuidar da segurança da população", algo "que não pode acontecer".

O ministro da Justiça, Flávio Dino (PSB), compartilhou uma nota de pesar emitida pela direção da PRF. O ministro destacou que o caso está sendo apurado internamente pela PRF e também em inquérito da Polícia Federal desde o dia em que Heloísa foi baleada.

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