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Mãe e fã de rodeio: quem era dentista achada carbonizada dentro de casa

Simone Machado

Colaboração para o UOL, em São José do Rio Preto (SP)

28/09/2023 12h08Atualizada em 28/09/2023 13h23

A dentista Bruna Angleri, de 40 anos, encontrada morta carbonizada dentro da própria casa, no Distrito Industrial, em Araras (SP), a 171 km de São Paulo, ontem, era coordenadora de pós-graduação em uma faculdade e também atendia em uma clínica odontológica na cidade.

Bastante ativa nas redes sociais, Bruna se declarava ser uma mulher apaixonada pela vida, pela família e, principalmente, pelo filho de seis anos. O menino fará aniversário no próximo dia 30.

A última foto postada por ela, foi momentos antes de sair de casa para ir ao rodeio de Jaguariúna, no final de semana.

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"A Bruna era uma mulher incrível. Muito alegre, sempre sorridente, amava viver e sair com as amigas. Para ela não tinha tempo ruim. Alegria a definia", descreveu Maiara Amorim, amiga de Bruna, ao UOL.

Segundo a amiga, a dentista se sentia realizada profissionalmente e era apaixonada por dar aulas.

"Ela amava o trabalho dela e era uma excelente profissional. Sempre estava estudando para entregar o melhor aos alunos e pacientes", acrescenta Maiara.

Fã do cantor Zezé di Camargo, Bruna deixava clara sua paixão pelo artista para todos que conviviam com ela. Nas festas em família e churrascos com amigos, as músicas do cantor tinham presença marcada.

Há dois anos, o cantor foi o tema de seu aniversário.

Nas redes sociais, amigos e familiares publicaram homenagens de despedida para Bruna e mostraram indignação com o crime que tirou a vida da mulher.

"Tata, minha Tata, nunca vou esquecer da pessoa, irmã, companheira que você sempre foi com todos e principalmente comigo. Beijão no seu coração, deixa comigo as tarefas da casa. Te amo eterno. Não imagina como estou sofrendo para escrever isso, é que não sou bom para isso, mas nunca se esqueça de nós... Aem palavras! Obrigado por ter existido e deixado eu ser seu irmão caçula, vou te amar para sempre!", escreveu Bruno Angleri, irmão da dentista no Instagram.

"Querida prima Bruna, você foi muito querida aqui na terra, sempre sorridente, alegre, mulher por fora, criança por dentro. Nunca esqueceremos desse rosto bonito e de seu sorriso contagiante", escreveu uma prima da dentista.

O que aconteceu:

Bruna Angleri foi encontrada em cima da cama, já morta. O caso foi registrado como homicídio.

A vítima foi agredida "severamente" no rosto e ficou desacordada. A polícia acredita que Bruna já estava morta quando o corpo foi carbonizado.

O principal suspeito do crime é um ex-namorado da vítima, que não teve o nome divulgado, segundo a polícia. O delegado Tabajara Zuliani dos Santos, à frente da investigação do caso, explicou que ele prestou depoimento e foi liberado.

Bruna e o ex-namorado tiveram um relacionamento de sete meses, disse ao UOL Wagner Moraes, advogado do ex-namorado ouvido pela polícia. Moraes acrescentou ainda que seu cliente chegou a morar na casa da vítima.

Eles teriam decidido se separar há pouco mais de um mês. "Ele foi acionado para prestar depoimento, uma vez que na cidade começaram a circular o nome dele como principal suspeito. Em seu depoimento, negou a autoria, colaborou com tudo, deixou celular para ser periciado, deu detalhes e nomes das pessoas com quem estava e onde estava e foi liberado", detalhou o advogado.

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