Conteúdo publicado há 10 meses

Chuva no RJ: 'Esperança é a última que morre', diz irmão de desaparecida

Familiares de uma mulher que desapareceu no Rio de Janeiro durante as fortes chuvas de sábado (13) mantêm a esperança de encontrá-la viva.

O que aconteceu

Elaine Cristina Souza Gomes, de 46 anos, estava no carro com o marido quando caíram no Rio Botas, em Belford Roxo. O Corpo de Bombeiros segue as buscas pela cabelereira, e a família aguarda à beira da água por notícias.

O irmão dela, Raul Gomes, 51 anos, espera encontrá-la viva. Em entrevista ao jornal O Globo, ele ressaltou que a família precisa achá-la mesmo que sem vida, para fazer "um enterro digno".

"A esperança é a última que morre. Ela pode estar com vida, machucada, em algum lugar. Mas eles já desceram o rio, os bombeiros já estão nas águas de outro município. A gente só queria o corpo para fazer um enterro digno, para acalmar o coração da minha mãe [a aposentada Sueli Souza Gomes, de 80 anos]", disse.

O marido de Elaine, Anderson Genovez, de 43 anos, conseguiu se salvar. Segundo a família, ele tentou resgatar a esposa, mas não conseguiu: "Meu cunhado chegou a tentar segurar. Ele soltou ela do cinto de segurança, mas não conseguiu puxar junto a ele. A pessoa não conseguir salvar abala muito. Se para a gente já é muito forte, imagina tentar dar a mão a ela e não conseguir", contou Raul.

Outro irmão de Elaine, Hugo Souza Gomes, de 53 anos, disse que ela é forte. "Eu não sinto que minha irmã está morta, não. Ela é forte, sabe nadar. Ou alguém resgatou", disse.

12 pessoas morreram

Ao todo, 12 pessoas morreram após temporal. O governador Claudio Castro (PL) não disse qual o gênero e idade da vítima, ou o local da morte.

Governador afirmou que chuvas como a do fim de semana são o "novo normal". "Esse é o nosso novo normal, por isso o estado e as cidades têm que ser cada dia mais resilientes", declarou.

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Cerca de 600 pessoas estão desabrigadas ou desalojadas por causa das chuvas no estado, informou Castro à CNN. "Não há indícios de que essas pessoas não poderão voltar para casa", disse.

Ele também reconheceu que o estado tem que evoluir em obras de prevenção a desastres causados pelo clima. "Realmente foram fortíssimas as chuvas e a gente continua firme nesse trabalho de continuar evoluindo, para, quem sabe, chegar o dia em que ninguém perca a vida em decorrência das chuvas."

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