Conteúdo publicado há 8 meses

Caso Marielle: MPRJ pede que ex-bombeiro Suel vá a júri popular

O Ministério Público do Rio de Janeiro pediu para que o ex-bombeiro Maxwell Simões Corrêa, o Suel, seja levado a júri popular por participação nas mortes da vereadora Marielle Franco (PSOL) e do motorista Anderson Gomes. O crime ocorreu em março de 2018.

O que aconteceu

O relatório final do MPRJ pede a condenação por quatro crimes. O ex-bombeiro é acusado pelos homicídios duplamente qualificados de Marielle e Anderson, pela tentativa de homicídio duplamente qualificada contra a assessora Fernanda Chaves — que estava no mesmo carro que a vereadora e o motorista no dia do atentado — e pela receptação do veículo usado no crime.

Participação no atentado. Segundo as investigações, Maxwell participou de campanas para o planejamento do assassinato da vereadora e de ter ajudado a destruir provas do crime, como o desmanche do carro usado no crime.

Procurado pelo UOL, o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro apenas confirmou que recebeu as alegações finais do MPRJ na última sexta-feira (8).

Ministério Público vai pedir prisão preventiva em presídio de segurança máxima. O MPRJ também informou que vai solicitar a manutenção da prisão preventiva de Suel em presídio federal de segurança máxima. Maxwell foi preso pela Polícia Federal em julho de 2023, durante a primeira fase da Operação Élpis.

Quem é Maxwell Simões Corrêa

Maxwell, mais conhecido como Suel, é amigo e considerado braço direito de Ronnie Lessa. Lessa é o policial militar reformado apontado como o responsável pelos disparos contra Marielle e Anderson.

O ex-bombeiro foi preso em junho de 2020 por suspeita de ter ajudado a ocultar armas de Lessa. Na época, o Ministério Público afirmou que ele tentou "atrapalhar de maneira deliberada a investigação" do caso. Em 2021, foi condenado a quatro anos de prisão por obstrução de justiça. Na época, o juiz autorizou o cumprimento da pena em regime aberto.

Suel foi sargento do Corpo de Bombeiros. Em razão da condenação, Suel foi expulso da corporação em 2022. Enquanto, no ano seguinte, o Tribunal de Justiça ampliou a pena para seis anos e nove meses de prisão.

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