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Biomédica indiciada por morte de paciente é presa pela segunda vez em MG

A biomédica Lorena Marcondes foi indiciada pela morte da paciente Íris Doroteia Martins Imagem: Reprodução

Colaboração para o UOL, em São Paulo

23/03/2024 09h01

A Polícia Civil de Minas Gerais prendeu, pela segunda vez, a biomédica Lorena Marcondes em um condomínio de Nova Lima (MG), nesta sexta-feira (22). Ela foi indiciada ainda no ano passado pela morte de uma paciente de 46 anos após um procedimento de lipoaspiração.

O que aconteceu

Lorena Marcondes foi indiciada por homicídio doloso qualificado pelo motivo torpe e pela traição com dolo eventual pela morte de Íris Martins, que foi submetida a uma lipoaspiração realizada em 8 de maio de 2023 pela biomédica.

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A vítima teria sofrido uma parada cardiorrespiratória e foi socorrida em estado grave até uma unidade de saúde, mas não resistiu, conforme informou a polícia, na ocasião.

A PCMG confirmou a prisão preventiva da biomédica, nesta sexta, em um condomínio de Nova Lima, na região metropolitana de Belo Horizonte. Ela foi levada para o presídio de Vespasiano, também na Grande BH, segundo a Sejusp (Secretaria de Justiça e Segurança Pública de Minas).

A biomédica já havia sido presa em outubro do ano passado, mas ganhou a liberdade logo na sequência.

Em nota, o advogado de defesa Tiago Lenoir disse ter entrado com pedido de habeas corpus no TJ-MG (Tribunal de Justiça de Minas Gerais).

A defesa da biomédica Lorena Marcondes, ao tomar conhecimento da prisão, imediatamente impetrou habeas corpus perante o Tribunal de Justiça. Ressaltamos que a biomédica estava aguardando a finalização do inquérito em liberdade, e desde o início das investigações, colaborou plenamente com as autoridades competentes. Confiamos na justiça e temos a convicção de que a verdade prevalecerá, restabelecendo a reputação e a liberdade de Lorena Marcondes.Tiago Lenoir, advogado de defesa da biomédica

Segundo a investigação, a biomédica realizava procedimentos cirúrgicos de grande porte, que devem ser feitos apenas por médicos e que, além da ausência dos aparelhos necessários para monitorar os pacientes, ela também fazia uso de medicamentos usados em cirurgias, como lidocaína e outros anestésicos.

O estabelecimento tinha autorização para funcionar apenas como clínica de estética, sem alvará ou estrutura física adequada para atendimento emergencial na realização de cirurgias,

Na época, foram encontradas 10 perfurações no abdômen e duas nos glúteos da vítima e "sinais de importante hemorragia" que, segundo o chefe do IML, o médico-legista Lucas Amaral, podem ter ligação com a causa da morte. Segundo ele, nenhum órgão foi perfurado.

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