Caso brigadeirão: suspeita comprou remédio à base de morfina, diz polícia
A mulher suspeita de matar o namorado com um brigadeirão envenenado no Rio de Janeiro comprou remédio à base de morfina com receita, disse o funcionário da farmácia em depoimento dado à polícia. Foragida, ela é procurada pela Polícia Civil.
O que aconteceu
A Polícia Civil investiga se Júlia Andrade Cathermol Pimenta usou o medicamento para fazer o doce que teria causado a morte do empresário Luiz Marcelo Ormond. A suspeita surgiu após depoimento de Suyany Breschak, presa por suspeita de envolvimento no crime.
Medicamento foi comprado duas semanas antes do crime, disse testemunha. A Polícia Civil acredita que o empresário morreu no dia 17 de maio, mas o corpo só foi encontrado três dias depois, quando os vizinhos acionaram os bombeiros por causa do mau cheiro. O corpo foi encontrado no apartamento onde Ormond morava, na zona norte do Rio, em estado avançado de decomposição.
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Representantes da farmácia mostraram à Polícia Civil documento comprovando a compra do medicamento à base de morfina. A nota com a receita apresentada por Júlia deve ser entregue aos investigadores nos próximos dias.
O que se sabe sobre o caso
A mulher suspeita de matar o namorado com um brigadeirão envenenado mantinha relacionamento com outro homem há cerca de dois anos. Ele soube da traição ao descobrir o crime pela TV, segundo depoimento à Polícia Civil.
Segundo uma testemunha ouvida pelo Fantástico, Júlia pressionava o empresário morto por uma união estável. "Ele era um cara que tinha medo de casar (...) por causa dos bens dele, com medo de separar", contou.
Câmeras de segurança flagraram o empresário pela última vez com vida no condomínio. Ele estava com Júlia no elevador após deixar a piscina do prédio e carregava um prato que poderia conter o doce com veneno. A causa da morte ainda não foi revelada.
Pelo menos três pessoas ouvidas pela polícia afirmam que receberam mensagens atípicas do número do empresário. A polícia desconfia que os recados tenham sido enviados pela namorada da vítima e principal suspeita do crime. Uma das testemunhas relatou cobrança. A mensagem pedia o adiantamento da prestação de um terreno que a vítima teria vendido para ela, o que causou desconfiança.
Dois dias após o corpo do empresário ter sido encontrado, Júlia prestou depoimento na polícia e foi liberada. O mandado de prisão foi expedido após a oitiva, mas a suspeita não foi mais localizada.
Disque Denúncia RJ divulgou cartaz pedindo informações sobre suspeita. Qualquer informação sobre o paradeiro de Júlia pode ser enviada de forma anônima para os números (21) 2253 1177 ou 0300-253-1177.