Caso Marielle: PCC tramou morte de Lessa em Tremembé, diz denúncia ao STF
O PCC teria encomendado a morte do ex-policial militar Ronnie Lessa, indica ofício encaminhado ao STF pelo sindicato que representa os policiais penais de São Paulo nesta quinta-feira (20). O assassino confesso da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes foi transferido nesta tarde do presídio federal de Campo Grande para o complexo prisional de Tremembé, no interior de São Paulo.
O que aconteceu
Sindicato solicita reavaliação da transferência. Segundo o Sifuspesp, clima é de tensão no presídio. Documento também foi encaminhado para a SAP (Secretaria de Administração Penitenciária), para a desembargadora Ivana David e para o promotor Linkoln Gakiya, especialistas em investigações envolvendo o PCC.
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Denúncia indica que facção paulista teria decretado o assassinato de Ronnie Lessa. Motivação do crime seria pelo fato de o assassino confesso de Marielle ser ex-PM e ligado à milícia, o que o torna inimigo do PCC.
Unidade pode enfrentar escalada de violência e possível rebelião, indica ofício. O documento destaca que o clima na P1 de Tremembé está tenso, com relatos de que a unidade pode enfrentar uma escalada de violência e uma possível rebelião. Questionado, o STF não confirmou o recebimento do ofício.
Lessa está detido em uma cela isolada na P1 de Tremembé, que está superlotada. O comboio com o detento chegou na unidade prisional às 13h46 desta quinta-feira (20), segundo a SAP. Procurada, a defesa do ex-PM ainda não se manifestou.
Sindicato diz que é impossível monitorar Lessa no presídio paulista, conforme determinação do ministro do STF Alexandre de Moraes. Segundo a entidade, o presídio não possui RDD (Regime Disciplinar Diferenciado). "O monitoramento total é impossível. Nesta unidade, o parlatório é monitorado, mas as áreas comuns não são", sustenta. "Se a segurança da unidade e do Lessa depende disso, temos um problema", alerta Fábio Jabá, presidente do sindicato.