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Brigadeirão: 'Cigana' nega ter ordenado morte e admite que sabia do plano

A cigana Suyany Breschak, 27, é suspeita de envolvimento na morte de um empresário na zona norte do Rio Imagem: Reprodução/Redes sociais

Do UOL, em São Paulo

30/06/2024 22h58

Apontada pela polícia do RJ como a possível mandante do assassinato do empresário Luiz Marcelo Antônio Ormond, a "cigana" Suyany Breschak negou à Record TV ter manipulado a suspeita de cometer o crime.

O que aconteceu

Conhecida como Esmeralda, ela disse que não mandou matar o empresário. De acordo com ela, a intenção era apenas conseguir dinheiro.

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"Não sou manipuladora", disse. Ao programa Domingo Espetacular, a mulher se descreveu como uma "cigana analfabeta", que jamais seria capaz de manipular uma psicóloga formada.

Na entrevista, Suyany diz que prestou serviços a Júlia Cathermol, mas que nunca teve contato com a vítima. Segundo ela, Júlia lhe devia R$ 600 mil por aconselhamento espiritual e trabalhos.

Apesar de negar participação no crime, ela diz que sabia que o empresário seria dopado. De acordo com Suyany, Júlia contou que doparia o homem para conseguir senhas e acesso a seus bens.

Estou sendo acusada de fazer uma pessoa trazer à morte outra pessoa. Nunca o vi pessoalmente. Vítima que a minha cliente matou. Meu intuito nisso tudo era ela viver bem uma vida com ele. Aí ela me pagaria o que devia. Ela devia 600 mil [reais] de aconselhamento espiritual e trabalhos. Eu não sou manipuladora. Sou uma cigana analfabeta e ela era psicóloga formada [...] Ela falou para mim que tinha a intenção de estar dopando dele e descobrir as senhas de banco. mas eu acho que ela exagerou. Ela falou que ela moeu [o remédio] e colocou no doce, que ela fez o tal do brigadeirão. A gente não combinou, a ideia veio da mente dela.
Suyany Breschak, em entrevista ao Domingo Espetacular

Relembre o caso

Luiz Marcelo foi encontrado morto no dia 20 de maio. Vizinhos sentiram um cheiro forte vindo do apartamento e acionaram a polícia. Segundo laudo do IML (Instituto Médico Legal), o empresário morreu de três a seis dias antes de o corpo ser encontrado. A causa da morte foi inconclusiva, mas a polícia suspeita de envenenamento.

Empresário havia sido visto pela última vez em 17 de maio. Câmeras de segurança registraram o momento em que Luiz Marcelo e Júlia deixaram a piscina e entraram no elevador. As imagens mostram que ele segura um prato e ela, uma cerveja. Em determinado momento, eles se beijaram.

Conselheira espiritual de Júlia foi detida em Cabo Frio (RJ). Suyany Breschak contou à polícia que Júlia matou Luiz Marcelo com um brigadeirão envenenado. Ela, que também teria ajudado Júlia a vender alguns bens da vítima, ainda acusou a suspeita de ser garota de programa e manter um relacionamento com outro homem, além de Luiz Marcelo.

Delegado diz acreditar que Suyany foi a mandante do crime. "Porque a Suyany tinha um poder muito grande de influência sobre a Júlia. A própria Suyany se denominava mentora espiritual da Júlia", afirmou ao Fantástico, da TV Globo, o delegado Marcos Buss, responsável pela investigação. Ao UOL, Buss já havia dito que a versão apresentada pela "cigana" foi desmentida por testemunhas.

Júlia se entregou à polícia. Na delegacia, a suspeita conversou com a mãe, com o padrasto e com a advogada Hortência Menezes, que disse que a psicóloga "está assustada, mas vai colaborar" com a polícia.

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