Mulher pede ajuda por delivery e homem é preso por estupro no Paraná
Do UOL, em São Paulo
10/07/2024 14h13Atualizada em 10/07/2024 15h03
Um homem foi preso em flagrante por estupro após a ex-companheira dele pedir socorro por um pedido de delivery em Curitiba.
O que aconteceu
"Me ajuda, manda a polícia para esse endereço. Fui estuprada e violentada", diz trecho de mensagem deixada na descrição do pedido. A mensagem foi lida pela atendente da lanchonete, que ligou para a Polícia Militar. O caso ocorreu na segunda-feira (8).
Atendente da loja trocou mensagens com vítima até a chegada da polícia. À TV Record, ela afirmou que ficou em ligação com os policiais e trocando mensagens em códigos com a vítima pelo próprio aplicativo de delivery.
Homem foi preso em flagrante pelos PMs e levado à delegacia. No local, ele recebeu voz de prisão em flagrante, informou a delegada Emanuele Siqueira, da DM de Curitiba, ao UOL.
Mulher foi hospitalizada, passou por exames e recebeu alta em seguida. Segundo a Polícia Civil, a vítima já foi ouvida. Ela está em um abrigo com a filha, que passa bem.
Vítima é de Santa Catarina e tinha viajado até Curitiba para permitir que filha visitasse o pai. Segundo a delegada, os dois eram separados e a mulher tem uma bebê de um ano e três meses, fruto da relação. Na delegacia, ela contou que já tinha sido vítima de violência sexual por parte do homem no fim de semana, mas que não tinha conseguido pedir ajuda.
Suspeito tinha histórico de violência. Segundo a delegada, uma familiar do homem pediu medida protetiva contra ele após um caso de violência doméstica no ano passado. Os detalhes desse caso não foram repassados.
O policial avisou que era para a gente tentar avisar a ela para ela sair. Mandei mensagem falando: seu pedido já está aí na frente. Consegue atender?
Ariane da Paz, atendente da loja, à TV Record
Em caso de violência, denuncie
Ao presenciar um episódio de agressão contra mulheres, ligue para 190 e denuncie.
Casos de violência doméstica são, na maior parte das vezes, cometidos por parceiros ou ex-companheiros das mulheres, mas a Lei Maria da Penha também pode ser aplicada em agressões cometidas por familiares.
Também é possível realizar denúncias pelo número 180 — Central de Atendimento à Mulher — e do Disque 100, que apura violações aos direitos humanos.