Porsche, BMW: carros de influencers que divulgavam rifas são apreendidos
Colaboração para o UOL, em São Paulo
06/08/2024 20h43
A Polícia Civil do Rio Grande do Sul apreendeu dezenas de carros de luxo em uma operação que apura crimes de lavagem de dinheiro e exploração de jogos de azar que teve como alvos influenciadores digitais nesta terça-feira (6).
O que aconteceu
Entre os mais de 30 veículos de luxo apreendidos estão automóveis Porsche, BMW e Corvette. Além dos carros, também foram apreendidos motos, motos aquáticas, barcos, passaportes, cerca de R$ 600 mil em espécie, joias e outros objetos. As informações foram divulgadas pela própria polícia.
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Pelo menos uma pessoa foi presa em flagrante por posse irregular de arma de fogo. Ao todo, foram cumpridas 65 medidas cautelares nos endereços dos suspeitos nas cidades de Canoas, Campo Bom e Novo Hamburgo no Rio Grande do Sul, em Balneário Camboriú (SC) e em São Paulo (SP).
Influenciadores alvos da investigação divulgavam sorteios de rifas irregulares. Conforme a polícia, os suspeitos sorteavam casas, apartamentos, motos, motos aquáticas, dinheiro e até carros de luxo por meio da aquisição de cotas de valores irrisórios (ex: R$ 0,10), divulgadas e ofertadas por meio de seus perfis nas redes sociais.
Prêmios eram entregues, mas a polícia destacou que, na maioria das vezes, os vencedores eram pessoas próximas aos suspeitos. A investigação apontou que há indícios de lavagem de dinheiro, com movimentações milionárias nas contas dos investigados. Esses valores seriam misturados com outros, faturados por empresas dos suspeitos, que prestam serviços ou vendem produtos paralelos.
Influenciadores ostentavam vida de luxo nas redes sociais. Ainda segundo a polícia, entre os veículos apreendidos na operação de hoje, há modelos que custam cerca de R$ 1 milhão. Os suspeitos também ostentavam viagens ao exterior e a aquisição de um apartamento luxuoso em balneário de luxo em Santa Catarina.
Os investigados devem responder pelos crimes de exploração de jogos de azar, por atentarem contra a economia popular, por associação criminosa e lavagem de dinheiro. Como não tiveram as identidades divulgadas, não foi possível localizar suas defesas para pedir posicionamento. O espaço segue aberto para manifestação.