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Avião do PCC está em nome de piloto que abastece cartel mexicano, diz PF

Uma aeronave avaliada em R$ 5 milhões apreendida ontem pela Polícia Civil no Campo de Marte, em Santana, zona norte de São Paulo, pertencia a um piloto ligado ao PCC suspeito de ser o responsável pelo transporte de drogas para a Europa e para o cartel mexicano, indicam investigações da PF sobre o grupo.

O que aconteceu

PF rastreou transações milionárias suspeitas ligadas ao piloto. Segundo a investigação, Pablito Baena Castilho movimentou mais de R$ 2,7 milhões entre setembro de 2019 e maio de 2022. O grupo agora também é alvo de um inquérito da Polícia Civil de São Paulo.

A PF representou pela decretação da prisão preventiva de Pablito. Mas a 3ª Vara Federal Criminal de Belo Horizonte (MG) indeferiu o pedido em maio deste ano, concordando com a manifestação do MPF (Ministério Público Federal).O suspeito foi ouvido ontem no 30º DP (Tatuapé), contudo não se sabe se ele foi liberado ou mantido preso, já que o caso é mantido sob sigilo de Justiça.

Certificado de táxi aéreo de aeronave estava suspenso, indica Anac (Agência Nacional de Aviação Civil). A informação consta no Registro Aeronáutico Brasileiro da Bimava Táxi Aéreo Ltda., empresa de propriedade de Pablito, e é atribuída a "pendências judiciais". Ainda conforme o documento, a aeronave tem capacidade para 18 passageiros e pertenceu anteriormente a um pedreiro, usado como laranja, segundo as investigações.

Empresa de dono de avião apreendido fez depósito para esposa de procurado pela Interpol suspeito de ser seu sócio. Entre setembro e outubro de 2022, a empresa de transporte aéreo de Pablito enviou R$ 35 mil para a conta da loja de biquínis da esposa de Ronald Roland, narcotraficante procurado pela polícia internacional que acabou sendo preso pela PF em julho em uma casa de luxo no Guarujá (SP). Pablito é apontado ainda como dono de outros dois aviões.

Pablito trabalhava para narcotraficante preso que negociava drogas com o cartel mexicano e países europeus, indica a PF. Segundo a investigação, Ronald Roland é suspeito de chefiar um mega esquema de lavagem de dinheiro com empresas de fachada, responsável por uma movimentação de mais de R$ 5 bilhões. Pablito supostamente teria ligações com o tráfico internacional, incluindo o cartel mexicano.

Esposa de Ronald Roland postava nas redes sociais fotos de uma vida de ostentação no exterior. O casal posava em fotos em viagens para Paris, Dubai e Ilhas Maldivas. O UOL não localizou os representantes legais dos suspeitos para que pudessem se posicionar em relação às investigações da PF e da Polícia Civil de São Paulo.

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