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Jovem com 'pior dor' diz que bomba de analgésico ainda não fez efeito

Do UOL, em São Paulo

18/08/2024 14h34

A estudante de veterinária Carolina Arruda, 27, que sofre de neuralgia do trigêmeo, passou por cirurgia neste sábado (17). Em sua conta no Instagram, ela falou sobre como está se sentindo após o procedimento. A doença causa uma dor considerada "a pior do mundo".

Como foi a cirurgia

Implante de uma bomba de analgésicos. No procedimento feito por Carolina, uma bomba de analgésicos é ligada a uma sonda que chega próximo ao cérebro.

A bomba de analgésicos fica instalada na barriga da jovem e o catéter sobe pela coluna. Com isso, a bomba libera morfina diretamente em seu sistema nervoso.

A bomba começou a liberar morfina ontem, mas Carolina ainda sente dor. "Começou a liberar a morfina ontem, por volta das dez horas da noite, mas ainda estou com dor, ainda tenho crises, tive uma crise de manhã", disse em vídeo postado na tarde deste domingo (18).

Madrugada foi difícil, com muitas crises, segundo Carolina. Ela relatou que sente pouca dor relacionada à cirurgia, mas continua sentindo os incômodos causados pela neuralgia. "Senti muitas crises essa madrugada, foi bem complicado na UTI. Agora estou bem, já estou mais confortável", contou. Carolina foi liberada da UTI e está no quarto.

A jovem só saberá se o procedimento deu certo após alguns dias. Ela disse que esperava resultado imediato após a cirurgia, mas continua aguardando. Será preciso aguardar 24 horas para ajustar a dose do medicamento colocado na bomba e então mais alguns dias para saber se o procedimento teve êxito.

Ela está psicologicamente exausta. "Fisicamente estou descansada, mas meu psicológico está bem cansado, estou exausta", disse. A jovem está acompanhada da sogra no hospital.

Carolina seguirá internada por alguns dias. A cirurgia foi feita na Santa Casa de Alfenas (MG) pelo médico Carlos Marcelo de Barros.

O que é neuralgia do trigêmeo

A neuralgia do trigêmeo é classificada como uma dor crônica, pois perdura por mais de três meses. Ela costuma ser incapacitante, ou seja, pode afastar o paciente de suas atividades sociais e profissionais.

É caracterizada por uma dor facial intensa, aguda, forte e súbita. Pode ser comparada a uma pontada, um choque ou um ardor (sensação de queimação). Em 90% dos casos, é sentida em apenas um lado do rosto e, raramente, ultrapassa poucos segundos. O problema é que ela causa uma crise chamada paroxística, que recorre em vários episódios ao longo do dia. A crise pode durar semanas ou até meses.

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