Ossada é encontrada durante buscas por funcionária desaparecida da Apae
Do UOL, em São Paulo
22/08/2024 11h22Atualizada em 22/08/2024 12h31
A polícia investiga se uma ossada encontrada em uma região de mata em Bauru (SP) são de Cláudia Regina da Rocha Lobo, funcionária da Apae que está desaparecida há 16 dias. Caso é tratado como homicídio.
O que aconteceu
Fragmentos de ossos humanos estavam enterrados em um buraco. Na mesma região, a polícia encontrou um óculos que foi reconhecido por parentes como sendo de Cláudia.
Material será enviado para Núcleo de Biologia, em São Paulo, para confronto com amostras de DNA. A ossada será comparada com material genético recolhido no carro da vítima, pertences pessoais e com a filha de Cláudia.
Ex-presidente da Apae de Bauru foi preso na quinta (15) por suspeita de envolvimento no desaparecimento. A polícia rastreou o sinal de celular de Roberto Franceschetti Filho até o local onde o carro da vítima foi encontrado, no bairro Vila Dutra.
Advogado Leandro Pistelli, que defende Franceschetti Filho, disse ao UOL que informações sobre ossada ainda não constam no inquérito e, por isso, não vai se manifestar. Investigação está em sigilo.
Família contou em entrevista à TV Globo que os dois eram amigos próximos. Cláudia era secretária-executiva e trabalhava na Apae há 20 anos. Dois dias depois do sumiço, Franceschetti Filho usou as redes sociais da Apae para lamentar o sumiço dela e dizer que estava colaborando com as investigações.
Cláudia foi vista pela última vez no dia 6 de agosto, às 15 horas. Ela saiu da Apae e falou à recepcionista que iria resolver umas coisas na rua e voltava mais tarde. Cláudia saiu apenas com um pacote nas mãos, sem o celular nem a bolsa.
Carro usado por ela foi abandonado com vestígios de sangue. Imagens obtidas pela polícia mostram que os dois se encontraram no dia do desaparecimento. Segundo a descrição das imagens, Cláudia passou para o banco traseiro e Franceschetti Filho assumiu o voltante.
Um estojo de munição foi encontrado no interior do veículo. Um exame de confronto balístico confirmou que o estojo foi disparado pela pistola calibre 380 apreendida no cofre da casa de Roberto Franceschetti Filho.
Por conta da prisão, Franceschetti Filho deixou a presidência da Apae, que passou a ser ocupada por Maria Amélia Moura, antiga 1ª vice. Após a prisão, a entidade publicou uma nota, assinada pela nova presidente, afirmando que a organização "se surpreendeu com a notícia do envolvimento" do antigo gestor com o desaparecimento de Cláudia, e afirmou que os atendimentos continuam "normalmente em suas unidades".
*Com informações de Estadão Conteúdo