Conteúdo publicado há 29 dias

Tenente-coronel é investigado após ser gravado agredindo adolescente no CE

Um tenente-coronel da Polícia Militar do Ceará foi afastado de suas atribuições após ser gravado agredindo um adolescente de 16 anos que havia sido apreendido.

O que aconteceu

O agente, que não teve a identidade divulgada, agrediu o adolescente infrator para forçá-lo a entregar um suposto comparsa. A gravação foi realizada em agosto de 2024, no bairro José de Alencar, em Fortaleza, mas repercutiu agora nas redes sociais, motivo que levou a Polícia Militar do Ceará a se manifestar sobre o caso.

O tenente-coronel bate no adolescente e ordena que ele fale o nome de um indivíduo procurado pela polícia. Na gravação, o jovem pede para o agente da PM parar as agressões: "Tô quase desmaiando, senhor", diz o rapaz agredido.

Polícia apreendeu o adolescente após receber denúncia de que ele, supostamente, se preparava para participar de um roubo, segundo a Polícia Militar. Após a chegada dos agentes, o comparsa do jovem teria fugido, motivo que levou o tenente-coronel a agredi-lo para forçá-lo a falar quem seria o outro suspeito.

Tenente-coronel comandava o 19º Batalhão de Polícia Militar de Fortaleza. Após a repercussão do vídeo, ele foi afastado de suas atribuições nas ruas e transferido para funções administrativas, conforme informado pela PM do Ceará por meio de nota.

Caso é investigado internamente na corporação. A Corregedoria Geral de Disciplina dos Órgãos de Segurança Pública e Sistema Penitenciário do Ceará disse ter instaurado "processo disciplinar em desfavor do policial militar, que já foi afastado de suas funções". Paralelamente, a PM-CE também abriu um Inquérito Policial Militar "para a apuração criminal do fato".

Polícia Militar do Ceará afirmou que respeita os direitos humanos e repudiou as cenas de violência que mostram o tenente-coronel torturando o adolescente. "A PM-CE não compactua com desvios de condutas por parte de seus integrantes e repudia qualquer ação que vá de encontro aos valores e deveres da Corporação", diz a nota divulgada.

O UOL não conseguiu localizar a defesa do tenente-coronel para pedir posicionamento. O espaço segue aberto para manifestação.

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