Ondas de calor, chuvas? Saiba o que esperar do próximo verão na sua região
Colaboração para o UOL
29/11/2024 05h30
Com a ausência do fenômeno El Niño, que marcou o início da primavera e os primeiros meses do ano trazendo ondas de calor intensas, o verão de 2025 - que se inicia no dia 21 de dezembro e permanece até 20 de março do próximo ano -, promete ser diferente do anterior, com menos ondas de calor extremo. O clima esperado é de grandes variações de temperatura e volumes intensos de chuva.
"O próximo verão não será tão quente como o último, que bateu recordes de calor. Haverá alguns picos de temperaturas altas, mas depois elas diminuirão, com variações mais frequentes. As chuvas também terão maior oscilação e há a expectativa de longos períodos chuvosos ao longo do verão", afirma Ana Clara Marques, meteorologista da Climatempo.
O que esperar do verão de 2025?
O El Niño, que aumenta a temperatura nos oceanos, foi um dos causadores as ondas de calor vistas em alguns momentos do ano. O La Niña, que diminui estas temperaturas, deve ter intensidade fraca em 2025.
Assim, os meteorologistas acreditam que o clima no próximo ano será pautado por fenômenos de curto prazo, oscilando entre semanas mais quentes e outras mais amenas. Com a ausência de picos de calor extremo, as chances de eventos climáticos extremos - como o que aconteceu no Rio Grande do Sul - diminui.
Expectativa por região
Na região Sudeste, se espera mais dias chuvosos, menos ensolarados, mas ainda sim abafados, com mormaço. Já na região Sul, as chuvas devem ser mais espaçadas e irregulares, com previsão de picos de calor.
No Norte do país as primeiras chuvas já estão acontecendo nas cabeceiras dos rios e devem se intensificar, o que pode ajudar na navegabilidade dos rios, que atingiram nível mínimo de suas capacidades nos últimos tempos.
Já no Nordeste, o clima promete ser mais seco, com previsão de atraso nas chuvas que viriam ainda no fim deste ano e chances de se acumularem no início do próximo. O Centro-Oeste, por sua vez, deve ter mais dias de clima ameno, maior incidência de tempo fechado e invernadas (chuva intensa e baixa temperatura) que poderão prejudicar o desenvolvimento da agricultura.