Quem era a médica da Marinha morta após ser baleada na cabeça em hospital

Morta após ser baleada na cabeça dentro do Hospital Naval Marcílio Dias, nesta terça-feira (10), Gisele Mendes de Souza e Mello estava na Marinha desde fevereiro de 1995.

O que aconteceu

Gisele era capitão de Mar e Guerra e médica da Marinha. Segundo o Portal da Transparência, ela estava na Marinha desde fevereiro de 1995 e participou de uma missão na Suíça em setembro de 2023.

Ela era médica geriatra e também atuava como superintendente do hospital naval. Em seu currículo no site "Escavador", é dito que Gisele se graduou em Medicina pela Unirio (Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro), em 1993. De 2015 a 2018, ela fez parte da comissão de ética médica do Hospital Naval Marcílio Dias.

Após ser baleada, Gisele chegou a ser operada, mas não resistiu aos ferimentos e morreu. A informação foi confirmada pela assessoria da Marinha por meio de nota ao UOL.

A Marinha do Brasil lamenta informar a morte da Capitã de Mar e Guerra média Gisele Mendes de Souza e Mello, baleada no complexo do Hospital Naval Marcílio Dias. A Marinha se solidariza com familiares e amigos e informa que está prestando todo o apoio nesse momento de grande dor e tristeza
Marinha, em nota

Hospital Naval Marcílio Dias fica no Lins de Vasconcelos, uma região que abriga diversas comunidades. No momento em que a médica foi atingida, uma Unidade de Polícia Pacificadora fazia operação na região. Em nota, a Polícia Militar do Rio esclareceu que os policiais "foram atacados por criminosos" na Comunidade do Gambá.

"Posteriormente, o comando da unidade recebeu informações sobre uma vítima ferida dentro do Hospital Marcílio Dias. O policiamento segue reforçado no local", diz a PM. Corporação não divulgou balanço da operação sobre presos e apreensões.

Até o momento, não foi informado se o projétil que atingiu a militar foi disparado pela polícia ou pelos criminosos.

Comissão da Alerj diz que "caso expõe a falta de planejamento e inteligência nas ações de segurança pública". "Cobramos uma investigação rigorosa e imediata para esclarecer as circunstâncias do ocorrido e nos solidarizamos com a vítima, esperando sua pronta recuperação. A segurança da população não pode ser comprometida por operações que falham em garantir a integridade de todos", afirma a presidente da Comissão, deputada Dani Monteiro, que também se coloca à disposição da família e amigos da médica baleada.

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O incidente aconteceu em meio a uma operação policial da UPP na região, que resultou em confronto próximo ao hospital, de acordo com a PMERJ. Este é mais um caso que expõe a falta de planejamento e inteligência nas ações de segurança pública, colocando vidas inocentes em risco
Nota da CDDHC

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