Três mulheres são baleadas no RJ em menos de 24 horas; duas morreram
Três mulheres foram baleadas nas regiões de dois complexos de favelas do Rio de Janeiro entre a manhã de segunda (9) e a manhã de terça-feira (10). Duas morreram. A terceira tem o estado de saúde estável.
O que aconteceu
Amigas foram baleadas na Maré, zona norte do Rio, em meio a confronto. Alessa Brasil Vitorino, 30, levava a amiga Evelin Tayna Roqui Santos, 20, na garupa de uma moto, na Vila do João, no Complexo da Maré, zona norte do Rio, quando ambas foram atingidas por disparos durante um tiroteio entre policiais civis e traficantes.
Atingida enquanto dirigia, Alessa foi baleada nas costas. Ela foi socorrida por dois homens desconhecidos em uma outra moto, mas não resistiu aos ferimentos e morreu antes de chegar à emergência da UPA da Vila do João.
Hospitalizada tem quadro de saúde estável. Evelin, que estava na garupa, foi atingida na perna e socorrida. Ela segue hospitalizada para acompanhamento, mas tem quadro estável.
Confronto durante operação da Polícia Civil. O fogo cruzado que vitimou as amigas é decorrente da Operação Torniquete, da Polícia Civil, que tem como premissa combater quadrilhas de roubos de cargas.
Números da operação. A Polícia Civil levou à Maré cinco blindados e um helicóptero. Ao menos três pessoas morreram, uma ficou ferida e outras 13 detidas. A polícia diz ter apreendido seis fuzis, duas pistolas, uma Granada, além de drogas, munições e carros.
Secretário diz que criminosos atingiram mulheres para "desviar o foco". Victor Santos, secretário de Segurança do Rio, afirmou à imprensa que a principal hipótese é a de que criminosos ligados ao tráfico atingiram inocentes para colocar a culpa na polícia.
Médica da Marinha morreu após ser atingida dentro do hospital
A médica militar Gisele Mendes de Souza e Mello foi baleada na cabeça dentro do Hospital Naval Marcílio Dias. A unidade de saúde fica no Complexo do Lins, também na zona norte. Caso foi na manhã desta terça (10).
Ela chegou a ser operada, mas não resistiu. A informação foi confirmada pela assessoria da Marinha por meio de nota ao UOL.
O que diz a PM. A Secretaria de Estado da Polícia Militar informou que a UPP (Unidade de Polícia Pacificadora) do Lins realizou uma operação após policiais terem sido atacados quando chegaram na Comunidade do Gambá.
A Marinha informou que a militar foi atingida durante uma operação da PM na região. Até o momento, não foi informado se o projétil que atingiu a militar foi disparado pela polícia ou pelos criminosos.
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