RJ: Fuzileiros e blindados rondam arredores de hospital onde médica morreu
A Marinha usou 18 veículos blindados e mais de 250 fuzileiros navais para circularem nos arredores do Hospital Naval Marcílio Dias, no Rio de Janeiro, na manhã desta quinta-feira (12). A movimentação acontece após a morte da médica Gisele Mendes, baleada na terça-feira (10).
O que aconteceu
Presença dos militares é medida para "garantir a segurança da tripulação e dos usuários", informou a Marinha. Segundo o órgão, a operação é feita nas áreas sob jurisdição militar, em limite de até 1,3 quilômetro do hospital.
Não há previsão para fim da operação na região. A Marinha também não disse quantos militares foram empenhados na operação.
O Hospital Naval Marcílio Dias fica no Complexo Lins de Vasconcelos, na zona norte do Rio. A área tem histórico de confrontos com armas de fogo. Até o momento, não se sabe de onde partiu o tiro que atingiu a médica na terça-feira.
No momento em que a médica foi atingida, uma Unidade de Polícia Pacificadora fazia operação na região. Em nota, a Polícia Militar do Rio esclareceu que os policiais "foram atacados por criminosos" na Comunidade do Gambá.
Quem era Gisele Mendes
Mulher era capitão de Mar e Guerra e médica da Marinha. Segundo o Portal da Transparência, ela estava na Marinha desde fevereiro de 1995 e participou de uma missão na Suíça em setembro de 2023.
Ela era médica geriatra e também atuava como superintendente do hospital naval. Em seu currículo no site "Escavador", é dito que Gisele se graduou em Medicina pela Unirio (Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro), em 1993. De 2015 a 2018, ela fez parte da comissão de ética médica do Hospital Naval Marcílio Dias.
A Marinha do Brasil lamenta informar a morte da Capitã de Mar e Guerra média Gisele Mendes de Souza e Mello, baleada no complexo do Hospital Naval Marcílio Dias. "A Marinha se solidariza com familiares e amigos e informa que está prestando todo o apoio nesse momento de grande dor e tristeza
Marinha", diz a nota
"Posteriormente, o comando da unidade recebeu informações sobre uma vítima ferida dentro do Hospital Marcílio Dias. O policiamento segue reforçado no local", diz a PM. Corporação não divulgou balanço da operação sobre presos e apreensões.
Até o momento, não foi informado se o projétil que atingiu a militar foi disparado pela polícia ou pelos criminosos. O tiro que matou a médica atravessou uma janela antes de atingi-la. Imagens obtidas pela TV Globo mostram a marca na janela do segundo andar do prédio.
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