RJ: bandidos que atacaram argentino são identificados, mas juiz nega prisão
O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ) negou os pedidos de prisão de quatro suspeitos identificados pela Polícia Civil como responsáveis pelos disparos contra o ex-secretário de Turismo da Argentina Gaston Fernando Burlon, 51, porque 'não eram urgentes', e podiam ser analisados "durante o expediente normal". A decisão é do juiz plantonista Orlando Eliazaro Feitosa.
O que aconteceu
A Polícia Civil do Rio de Janeiro, por meio da Delegacia Especial de Apoio ao Turismo (Deat), identificou quatro pessoas que participaram do ataque a Burlon: Cláudio Augusto dos Santos, Tiago de Oliveira, Raphael Corrêa Pontes e Sandro da Silva Vicente, que teria sido o autor dos disparos, conforme testemunhas. Um quinto suspeito ainda não foi identificado.
O pedido de prisão foi encaminhado neste domingo (15) ao plantão do Tribunal de Justiça, que está a cargo do juiz Orlando Eliazaro Feitosa. No documento, a justificativa para a representação no período noturno se dá "pela gravidade dos fatos, assim como pela grande repercussão e repúdio social".
Porém, o juiz decidiu não decretar a prisão preventiva dos quatro, alegando que o pedido não era urgente, e poderia ser analisado no próximo expediente forense. Portanto, apenas nesta segunda-feira (16) o pedido deve ser analisado pelo magistrado que já acompanha o caso.
"No caso do plantão noturno, é necessária a comprovação de uma urgência "qualificada", ou seja, aquela urgência que impeça o aguardo da análise do pedido pelo juiz natural do processo, no horário do próximo expediente forense regular"
Juiz Orlando Eliazaro Feitosa, em despacho publicado neste domingo (15).
Gaston Fernando Burlon, 51, foi atingido com pelo menos dois tiros, sendo um na cabeça e outro no tórax. O ex-secretário foi internado no Hospital Municipal Souza Aguiar e o estado de saúde é considerado "gravíssimo", segundo informou ao UOL a Secretaria Municipal de Saúde do Rio.
Burlon entrou por engano em uma favela no Morro dos Prazeres. Ele estava em um carro acompanhado da esposa e de uma filha, a caminho do Cristo Redentor, quando o GPS o teria direcionado para uma área dominada por traficantes do Comando Vermelho. Não foi informado se a mulher e a filha do argentino foram feridas.
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