Conteúdo publicado há 23 dias

Polícia prende 12 suspeitos de operar 'caixinha' do CV no Rio; 3 morrem

Pelo menos 12 pessoas foram presas e três morreram em uma operação para desarticular um esquema financeiro do Comando Vermelho, no Rio.

O que aconteceu

Segundo a polícia, a morte dos suspeitos aconteceu após confronto a tiros. Policiais entraram nos complexos do Alemão e da Penha nas primeiras horas do dia. Imagens mostram barricadas em chamas, helicópteros rondando a região e a presença de muitas viaturas.

Operação mirou familiares e operadores financeiros da facção, que usam o dinheiro para financiar atividades criminosas. Foram expedidos 14 mandados de prisão por organização criminosa e lavagem de dinheiro, relacionados ao tráfico de drogas e à ocultação de valores ilícitos.

Investigação revelou que Comando Vermelho ocultou R$ 21 milhões em 5 mil operações financeiras. Os agentes usaram uma tecnologia do Laboratório de Tecnologia contra Lavagem de Dinheiro para desarticular o que chamaram de "esquema sofisticado" da facção.

Traficantes montaram barricadas de madrugada. Na noite de quinta (14), começaram a circular informes sobre a presença de policiais em áreas de mata. O UOL questionou se a SESP (Secretaria de Segurança Pública) investiga o vazamento da operação.

Caveirão derrapou em uma ladeira, quase atropelou morador e atingiu três carros e uma moto. Um vídeo da TV Globo mostra o momento em que o veículo derrapa por causa do óleo que traficantes jogaram no asfalto.

A operação de hoje é uma nova fase da Operação Torniquete, que começou em 2019. A primeira fase concentrou-se na identificação do fluxo financeiro do Comando Vermelho e apreendeu documentos que detalhavam o funcionamento da "caixinha". Participam da operação agentes da Polícia Civil, Polícia Militar e Gaeco (Grupo de Atuação Especializada no Combate ao Crime Organizado), do Ministério Público.

O que é a 'caixinha' do Comando Vermelho

O esquema financeiro estruturado pelo Comando Vermelho sustenta as atividades criminosas da facção, diz a denúncia do MP à Justiça. Os valores arrecadados são centralizados e usados para financiar ações, como a compra de drogas e armamentos, pagamento de propinas, crimes como roubo de cargas e veículos, entre outros.

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Facção cobra taxas mensais de líderes das bocas de fumo para montar "caixinha". Em troca, os responsáveis pelos pontos de venda de droga têm acesso à marca da organização, fornecedores de entorpecentes, suporte logístico e apoio bélico.

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