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Engenheiro apontado como maior produtor de metanfetamina em SP é preso

Policiais do Denarc (Departamento Estadual de Investigações sobre Entorpecentes) prenderam nesta sexta-feira (17) o engenheiro químico mexicano Guillermo Fabian Martinez Ortiz, apontado como um dos maiores produtores de metanfetamina do estado de São Paulo. A droga sintética é popularmente conhecida como "cristal".

O que aconteceu

Guillermo é ex-funcionário de uma petrolífera mexicana. Ele é conhecido como "Fantasma". Segundo o Denarc, o homem é o maior fabricante de metanfetamina do estado de São Paulo e um dos pioneiros na fabricação da droga no Brasil, que antes era apenas importada. Ele estava foragido desde dezembro de 2024.

A prisão faz parte da operação Heisenberg, que leva o nome em referência ao personagem principal da série Breaking Bad, que conta a história de um professor que se torna produtor e traficante de metanfetamina. O objetivo da investigação, segundo a polícia, é desmantelar uma rede de produtores e traficantes de metanfetamina ligados a grupos liderados por estrangeiros, como os mexicanos e os chineses.

Outras três pessoas também foram presas por tráfico de drogas. No mesmo hotel em que Guillermo foi localizado, dois homens e uma mulher foram encontrados. Um deles é o brasileiro Thiago Barcelos da Silva, conhecido como "hacker". As outras duas pessoas detidas, uma brasileira e um chinês, não tiveram os seus nomes divulgados.

No local onde eles foram detidos, a polícia encontrou metanfetamina e um simulacro de arma de fogo. A quantidade da droga apreendida não foi divulgada.

O UOL não localizou a defesa dos suspeitos. O espaço segue aberto para manifestação.

Criminosos são investigados desde junho de 2024

As investigações tiveram início em junho do ano passado. Na ocasião, a Polícia Civil prendeu seis pessoas e apreendeu dois kg de metanfetamina. Já em dezembro, mais 20 pessoas foram presas na mesma operação. Todas suspeitas de fabricar e vender metanfetamina na região central da capital paulista.

Ao menos 60 brasileiros e estrangeiros foram alvos da operação, realizada no dia 17 de dezembro. A ação também resgatou sete mulheres de nacionalidade chinesa que supostamente faziam parte de um esquema de exploração sexual. Entre os investigados estão 32 chineses, quatro nigerianos, quatro mexicanos, dois portugueses e um colombiano, além de 17 brasileiros. Os estrangeiros são todos residentes no país.

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Metanfetamina começou a ser fabricada em São Paulo. Segundo os investigadores, a droga começou a ser trazida por traficantes mexicanos ao país em estado líquido e era transformada em cristal em São Paulo para abastecer as máfias chinesa e nigeriana na cidade. Estes começaram a fabricar na capital paulista o entorpecente, o que barateou o seu custo.

Os criminosos passaram a produzir o entorpecente em apartamentos alugados na Liberdade, na Bela Vista e no Jardim Paulista - um desses imóveis pegou fogo durante a produção. Os mafiosos usavam uma rede de garotas e garotos de programa para vender a droga. Muitos dos usuários compravam dessas pessoas ao mesmo tempo que as contratavam para fins sexuais.

A metanfetamina é uma substância química potente e com forte potencial para viciar o usuário. A droga causa dependência severa, assim como a heroína e a cocaína. Atualmente, a metanfetamina consta na lista de substâncias proibidas pela Anvisa.

*Com Estadão Conteúdo

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