PM preso sob suspeita de matar Gritzbach é cabo da ativa e recebe R$ 6 mil

O policial militar Denis Antonio Martins, 40, foi preso por suspeita de ser o autor dos disparos que mataram Antônio Vinicius Lopes Gritzbach, delator do PCC (Primeiro Comando da Capital), no Aeroporto Internacional de Guarulhos, na Grande São Paulo, em novembro de 2024.

Quem é Martins

É cabo e estava na ativa na Polícia Militar de São Paulo. As patentes da PM paulista são divididas em Praças —grupo ao qual pertencem os cabos— e Oficiais, e seguem uma ordem específica. Os Praças realizam o policiamento ostensivo, e os Oficiais fazem a fiscalização, a gestão e o comando direto do efetivo que atua no policiamento ostensivo.

A remuneração dele é de R$ 6.252,86, segundo o Portal da Transparência do Estado de São Paulo. Com os descontos, ele recebia R$ 5.336,13.

Ele foi identificado por meio de reconhecimento facial, segundo o secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite. De acordo com o colunista do UOL Josmar Jozino, uma tatuagem no braço esquerdo ajudou a Corregedoria da PM a identificá-lo. Também foram analisadas a movimentação de pés e braços dele ao caminhar, sempre com andar lento, tudo isso aliado à compleição física, cor da pele do cabo, formato do rosto e altura do cabo.

Motivação do crime ainda não foi descoberta, segundo secretário. Martins não estava em serviço no dia do assassinato do empresário. A reportagem não conseguiu contato com os advogados do cabo. O espaço continua aberto para manifestações.

Martins foi um dos 15 policiais presos em operação na quinta-feira (16). Todos os outros 14 policiais presos atuaram, em algum momento, na escolta do empresário, atividade apontada como ilegal pela Secretaria da Segurança Pública.

Ele está sob a custódia da Corregedoria da PM. As investigações buscam ainda um segundo atirador. A polícia disse ainda investigar quem é o segundo atirador, a possível relação de outro PM com o crime e quem é o mandante —a suspeita é que seja um integrante do PCC.

O cabo foi preso por um crime previsto no artigo 150 do Código Penal Militar, que trata da "reunião de militares com armamento e material bélico para praticar violência". Foi uma forma de prender o suspeito sem extrapolar as competências da Corregedoria, que não estava a cargo da investigação do homicídio em si, feita pelo DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa).

*Com informações do Estadão Conteúdo

Deixe seu comentário

O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Leia as Regras de Uso do UOL.