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Romeno na lista da Interpol por matar homem em SC é preso na Bolívia

Michael Luciano Borzas, de 20 anos, é suspeito de matar a tiros um funcionário que trabalhava na casa da ex-companheira - Reprodução Michael Luciano Borzas, de 20 anos, é suspeito de matar a tiros um funcionário que trabalhava na casa da ex-companheira - Reprodução
Michael Luciano Borzas, de 20 anos, é suspeito de matar a tiros um funcionário que trabalhava na casa da ex-companheira Imagem: Reprodução

Do UOL, em São Paulo

29/01/2025 21h15Atualizada em 29/01/2025 22h53

O romeno Michael Luciano Borzas, 20, que era procurado pela Polícia Federal e teve o nome incluído na lista vermelha da Interpol, foi preso ontem (28) na fronteira da Bolívia com o Peru.

Ele é suspeito de matar a tiros o caseiro da casa da ex-namorada, de 21 anos, em Balneário Camboriú (SC), atirar na esposa do funcionário, e incendiar o imóvel.

O que aconteceu

Prisão na fronteira. Borzas foi detido por autoridades da Bolívia ao tentar entrar no Peru. Ele foi abordado na noite de terça-feira (28) na cidade boliviana de Copacabana e portava um documento de identidade peruano falso em nome de terceiro.

Levado à delegacia, foi identificado como procurado pela Interpol. Borzas foi preso por uso de documento falso e para "fins de extradição, em atendimento à lista de difusão vermelha", informou a Polícia Federal em Itajaí (SC).

Buscas começaram em 19 de janeiro, após a expedição de um primeiro mandado de prisão. O documento foi emitido pelo plantão da Vara de Garantias de Balneário Camboriú pela prática de tentativa de homicídio contra sua ex-companheira. Em 20 de janeiro, a polícia diz que o romeno matou um funcionário da família a tiros e feriu gravemente a esposa do trabalhador.

No momento, o romeno ficará preso na Bolívia. Borzas deverá aguardar o trâmite do processo de extradição, que deve ser solicitado pela Justiça de Santa Catarina. "Os Escritórios Nacionais da Interpol da Bolívia e do Brasil permanecem atuando nos desdobramentos internacionais do caso", acrescentou a PF.

A reportagem tenta contato com a defesa de Borzas. O texto será atualizado quando houver manifestação.

Entenda o caso

Borzas invadiu a casa da ex-namorada, mas como não a encontrou, assassinou a tiros o caseiro e baleou uma mulher. O caseiro morreu na hora, e a mulher foi encaminhada ao Hospital Municipal Ruth Cardoso, onde estava internada em estado grave.

Ele já havia tentado matar a ex no início de janeiro. "Ele não aceitava o fim do relacionamento", disse a delegada Ruth Henn, titular da Delegacia da Mulher de Balneário Camboriú. Segundo a polícia, Borzas demonstrava comportamentos de extremo ciúme.

Romeno e brasileira se conheceram pela internet durante viagem dela para a Europa. Segundo a polícia, após quatro meses viajando, ela voltou ao Brasil e ele veio junto. "Ela e ele se conheceram em um site de relacionamento. Mantiveram um namoro durante quatro meses, ele estudava na Noruega. Mas no final do ano vieram para Santa Catarina, porque ela mora aqui, para passear. Inclusive a irmã dele veio junto", explicou a delegada.

Em depoimento à polícia, a vítima contou que o relacionamento acabou após as festas de fim de ano. A delegada afirmou que Borzas não aceitava o fim do namoro.

Ele tinha passagem comprada, mas não embarcou. O romeno deveria voltar para a Europa em janeiro, mas permaneceu em Balneário Camboriú. Desde então, segundo a polícia, ele tentou matar a brasileira e passou a persegui-la. A irmã dele, que também veio ao Brasil, já havia voltado para a Europa quando ele cometeu o crime. Por isso, não foi ouvida pelas autoridades brasileiras.

Suspeito nasceu nos EUA, mas foi criado na Romênia. Ele morava na Noruega antes de vir ao Brasil. De acordo com informações da polícia, ele cursava faculdade de cibersegurança e tinha conhecimento avançado em Tecnologia da Informação.


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