Conteúdo publicado há 3 meses

Alagamentos de 3 dias: imagens mostram Jd. Pantanal após tempestade em SP

O distrito de Jardim Pantanal, no extremo leste de São Paulo, permanece alagado nesta segunda-feira (3), após as fortes chuvas que atingiram a capital no último sábado (1º).

O que aconteceu

Jardim Pantanal está alagado há três dias. Imagens da região mostram os moradores andando pelas ruas tomadas pela água, enquanto socorristas usam botes para ajudar na locomoção.

Alguns moradores optaram por saírem de suas residências. Essas pessoas recolheram pertences como documentos e roupas, e procuraram abrigo em outro lugar.

Protestos por causa dos alagamentos. Um grupo com cerca de moradores do Jardim Pantanal bloqueou a rodovia Ayrton Senna, sentido interior, no início da tarde de hoje, em protesto contra as enchentes no distrito. Pista ficou bloqueada por cerca de 30 minutos, e foi desobstruída após intervenção da Polícia Militar, que usou bombas de efeito moral contra os moradores.

Moradores enfrentam ruas alagadas no Jardim Pantanal na zona leste de São Paulo, reflexo do temporal ocorrido na madrugada de sábado
Moradores enfrentam ruas alagadas no Jardim Pantanal na zona leste de São Paulo, reflexo do temporal ocorrido na madrugada de sábado Imagem: EDI SOUSA/ESTADÃO CONTEÚDO
02.fev.2025 - Moradores deixam suas casas após alagamento no Jardim Pantanal
02.fev.2025 - Moradores deixam suas casas após alagamento no Jardim Pantanal Imagem: EDI SOUSA/ESTADÃO CONTEÚDO
1º de fevereiro de 2025 - Moradores enfrentam ruas alagadas no Jardim Planalto, na zona leste de São Paulo
1º de fevereiro de 2025 - Moradores enfrentam ruas alagadas no Jardim Planalto, na zona leste de São Paulo Imagem: EDI SOUSA/ESTADÃO CONTEÚDO

Prefeito sugere mudança de bairro. Ricardo Nunes (MDB) defendeu que a solução para os alagamentos que atingem moradores do Jardim Pantanal é desocupar o local.

Nunes disse que uma das medidas em estudo é oferecer de R$ 20 mil a R$ 50 mil como incentivo ao morador que sair do bairro. A prefeitura também ajudaria na demolição de casas. "Pelo que eu vi, pela dimensão [do problema] e a localização [do bairro], que está há 30 anos com problemas, não vejo outra solução a não ser incentivar as pessoas a saírem daquele local", afirmou.

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Prefeito disse que ficou assustado ao realizar sobrevoo no bairro. "Havia crimes ambientais acontecendo de forma absurda, muitas pessoas fazendo locais de descarte de entulho, aterrando coisas. No próprio domingo, fizeram a condução para a delegacia de uma pessoa que havia jogado entulhos na várzea do rio Tietê".

À imprensa, Nunes disse que há um pré-estudo para construção de um dique no bairro. Segundo ele, a obra é avaliada em R$ 1 bilhão. "Precisamos ter transparência das questões. É possível fazer um dique, mas precisa ter transparência", afirmou. Contudo, Nunes disse que "é impossível ir contra a natureza e conter o rio Tietê aonde as pessoas entraram num lugar de várzea e a água não tem para onde ir e entra na casa das pessoas".

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