Jovem baleada na cabeça pela PRF recebe alta após 45 dias: 'Surpresa boa'
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A jovem Juliana Leite Rangel, de 26 anos, baleada na cabeça durante abordagem da Polícia Rodoviária Federal na véspera de Natal, teve alta hospitalar nesta quinta-feira (6).
O que aconteceu
Juliana deixou o hospital às 14h. A mãe da menina, Dayse Rangel, informou ao UOL que a filha saiu do hospital Municipalizado Adão Pereira Nunes e foi para a casa da irmã, em Niterói (RJ).
Família ficou surpresa com a alta. Segundo Dayse, apesar da recuperação da menina, eles não esperavam que a jovem deixasse o hospital hoje.
"Foi uma surpresa para a gente, mas estamos muito felizes" Dayse Rangel, mãe de Juliana.
Jovem estava internada desde 24 de dezembro. Após um mês da dada, ela deixou o CTI (Centro de Terapia Intensiva) e voltou a falar. Na época, Dayse postou nas redes sociais que Deus havia dado uma nova chance de vida para a filha."Naquele momento em que o carro estava sendo alvejado, eu achei que seria o nosso fim, mas Deus não se explica", acrescentou na publicação.
Relembre o caso

Jovem foi baleada na véspera de Natal. Juliana estava no carro com a família, a caminho de Niterói, para a ceia de Natal, quando foi atingida por disparos de agentes da PRF durante uma abordagem na Rodovia Washington Luís, no Rio de Janeiro.
O pai da vítima, Alexandre Rangel, disse que mais de 30 tiros foram disparados em série pelos agentes. Os policiais teriam alegado que abriram fogo porque o carro onde estava Juliana teria atirado primeiro.
Alexandre detalhou que também precisou deitar para se proteger. E, mesmo sem enxergar a pista, conseguiu conduzir o carro até o acostamento. "Eu falei que 'aqui tem família, aqui tem família'. Eles falaram: 'Vocês atiraram na gente'. Eu falei: 'Nem arma eu tenho. Como eu vou atirar em vocês se nem arma eu tenho? Eu só tenho família'", afirmou.
O superintendente geral da PRF, Antônio Fernando Oliveira, classificou o caso como "um evento traumático". Já o superintendente da PRF no Rio, Vitor Almada, confirmou que a patrulha era feita por três agentes —dois homens e uma mulher— que portavam dois fuzis e uma pistola automática. Os nomes dos policiais não foram informados. Por isso, a reportagem não conseguiu localizar a defesa dos envolvidos.
Conduta dos agentes é investigada em procedimento do Ministério Público Federal. O órgão abriu investigação no dia 25 de dezembro.
O que diz a Prefeitura
A Prefeitura de Duque de Caxias, através da Secretaria Municipal de Saúde e direção do Hospital Municipalizado Adão Pereira Nunes (HMAPN), informa que a paciente Juliana Leite Rangel, 26 anos, vítima de lesão por arma de fogo (PAF) na região do crânio, recebeu alta hospitalar, com orientação de seguimento ambulatorial na unidade, nesta quinta-feira, 06/02/2024, após 45 dias de internação.
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