Investigador delatado por Gritzbach é denunciado pelo MP por três crimes

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O Ministério Público de São Paulo denunciou à Justiça o policial civil Marcelo Marques de Souza, conhecido como Bombom, pelos crimes de corrupção passiva, organização criminosa e lavagem de dinheiro. O UOL tenta contato com defesa dele.
O que aconteceu
Investigador está preso desde dezembro, acusado de extorquir delator do PCC (Primeiro Comando da Capital). Vinícius Gritzbach, morto a tiros em novembro de 2024, lavava dinheiro do tráfico de drogas para a facção criminosa e foi extorquido por agentes de segurança. Ele delatou Marcelo por corrupção e envolvimento com o grupo criminoso.
Polícia Federal encontrou mais de R$ 800 mil em dinheiro vivo. Durante a operação Tácito, policiais descobriram que Marcelo escondia o dinheiro em espécie em um apartamento de luxo avaliado em R$ 3 milhões na região do Tatuapé, zona leste paulistana. As cédulas estavam em um cofre e também embaixo de um colchão.
Marcelo recebia propina para manter locais funcionando. Os agentes também encontraram uma planilha com nomes, endereços e valores, todos na mesma região de seu apartamento, que levaram para pontos de prostituição, casa de jogos de azar e outras empresas, que pagavam para continuar abertas.
Em seu depoimento à PF, afirmou que recebeu o montante de Gritzbach, mas não sabia quanto que tinha. "Aquele dinheiro que tinha numa sacolinha pequena. Eu tinha pego com ele, eu nem sabia quanto que tinha". Ele ainda descreveu o empresário como "mauricinho" e alguém "perigoso".
Para o MP, estilo de vida de Marcelo é incompatível com seus vencimentos como policial. Além de oferecer a denúncia, os promotores pedem à Justiça que a prisão preventiva do investigador seja mantida. Ele recebia pouco mais de R$ 12 mil mensais e movimentou R$ 34 milhões em cinco anos.
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