Como agia quadrilha da 'maconha gourmet' em Campinas (SP); 23 foram presos
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A Polícia Civil de Campinas realizou nesta quarta-feira (12) a Operação Garimpeiros, que teve como alvo uma quadrilha que vendia maconha de qualidade superior, conhecida como 'maconha gourmet', cujo quilo chegava a custar R$ 30 mil.
O que aconteceu?
Policiais localizaram e prenderam 23 acusados. Eles poderão responder por crimes como tráfico de drogas, lavagem de dinheiro e organização criminosa. Dentre as prisões, 16 foram em flagrante por tráfico de drogas.
As equipes também apreenderam veículos avaliados em aproximadamente R$ 300 mil, além de armas, munições e drogas. Foram expedidos 35 mandados de prisão temporária e de busca e apreensão para Campinas (SP) e outras três cidades da região: Artur Nogueira, Hortolândia e Sumaré.
Polícia acredita que a quadrilha atuava na venda de drogas para outros traficantes, que revendiam os entorpecentes. A investigação apurou que os criminosos comercializavam maconha com alto valor de mercado, chegando a R$ 30 mil o quilo.
É um entorpecente que a gente não costuma ver nas ruas, mas que cada vez mais pessoas estão se interessando. Ele tem uma concentração de THC maior, e tem até o apelido de 'maconha gourmet', justamente por conta dessa questão. Tem um valor muito mais expressivo, não é qualquer um que consegue comprar, é um entorpecente muito caro. José Glauco Ferreira, delegado da Dise de Campinas
As investigações tiveram início em meados do ano passado, após a prisão de dois homens, que teriam movimentado R$ 1,3 milhão em 40 dias para lavagem de dinheiro. A qualidade da maconha encontrada com eles chamou a atenção da Polícia Civil, pois era muito superior à normalmente encontrada com traficantes.
A maioria dos criminosos é de Campinas. A polícia acredita que, com as prisões, deve conter a venda da 'maconha gourmet' na região.
Eram aqui de Campinas, a grande maioria, mas tinham na região metropolitana também, Artur Nogueira, Sumaré, Hortolândia, então eu acredito realmente que a gente conseguiu dar uma neutralizada nessa atividade. José Glauco Ferreira
Autoridades ainda investigam se há ligação do grupo com alguma facção criminosa. A hipótese está sendo investigada, mas ainda não há confirmação. As investigações continuam para identificar outros possíveis envolvidos na rede criminosa.
Operação levou o nome de 'Garimpeiros' por uma analogia feita pelos próprios criminosos. Segundo o delegado, eles diziam que, para conseguirem os entorpecentes de maior qualidade, precisavam fazer um trabalho semelhante ao de um garimpo.
A operação contou com centenas de policiais e outros agentes para apoio. Segundo a Delegacia de Investigações sobre Entorpecentes (Dise) de Campinas, trabalharam na operação mais de 200 policiais, 48 guardas municipais, cães farejadores, agentes da Delegacia Seccional e uma equipe do Serviço Aeronáutico da Polícia Civil.

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