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Morte de delator do PCC: Polícia de SP dá recado ao crime, diz especialista

A Polícia Civil de São Paulo deixou claro ao crime organizado que a impunidade não prevalecerá nas investigações sobre a morte de Vinícius Gritzbach, delator do PCC (Primeiro Comando da Capital), afirmou Rafael Alcadipani, professor da FGV-SP (Fundação Getúlio Vargas de São Paulo) e especialista em segurança pública, em entrevista ao UOL News nesta quinta (13).

Nesta manhã, a polícia realiza uma operação de busca pelo suspeito do assassinato de Gritzbach, morto a tiros no aeroporto de Guarulhos em 8 de novembro de 2024. O homem foi identificado como Emílio de Carlos Gongorra Castilho, que é membro do crime organizado no Rio de Janeiro e teria emprestado dinheiro a Gritzbach.

É muito importante que a polícia dê uma resposta a um crime que chamou muito a atenção do Brasil e do mundo. Parece que estamos subindo um nível e chegando aos mandantes. Isso é muito bom, porque a polícia e o Estado de São Paulo passam um sinal para o crime de que uma ação como essa não ficará impune.

O DHPP [Departamento Estadual de Homicídios e Proteção à Pessoa] tem um histórico de conduzir excelentes investigações, principalmente nesses casos de repercussão. É importante sabermos quem foi o mandante e qual foi o motivo. Isso provavelmente será esclarecido ao longo do dia. Rafael Alcadipani, professor da FGV-SP

Para Alcadipani, o avanço das investigações sobre o caso já permitiria às autoridades fornecer maiores detalhes sobre o trabalho da força-tarefa composta para cuidar das investigações. O professor destaca a necessidade de haver maior transparência neste processo, já que envolve questões delicadas sobre a segurança pública estadual.

Esse caso desvendou um lado preocupante do nosso Estado, com essa infiltração do crime organizado em suas estruturas. Vimos que membros das duas polícias foram indiciados e estão envolvidos no caso, ao que tudo indica. Isso é muito sério. O caso do Vinícius fez com que percebêssemos uma faceta; quem é da área sabe o que está acontecendo, mas que isso fique mais claro.

É importante haver um pouco mais de transparência. No momento em que as investigações estão sendo feitas, o ideal é não falar muito e que pouquíssima informação seja compartilhada, já que isso poderia auxiliar pessoas que cometeram o crime a saber o que está acontecendo.

Depois disso, seria muito oportuno que a Polícia Civil e a Federal esclarecessem para a população o que houve de fato e como elas trabalharam. Isso traz mais transparência ao processo, que envolve sigilo em um primeiro momento. Rafael Alcadipani, professor da FGV-SP

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