Suspeita de liderar quadrilha que matou ciclista na zona sul é presa em SP
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Uma mulher suspeita de envolvimento com a dupla de motociclistas que assaltou e matou o ciclista Vitor Medrado, 46, em São Paulo foi presa nesta terça-feira (18).
O que aconteceu
Suedna Barbosa Carneiro, 41, seria chefe da quadrilha de falsos entregadores, segundo a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo. Ela teria a função de cooptar os ladrões para cometer os crimes.
Suspeita mora em Paraisópolis e agia "financiando" os crimes, segundo a polícia. Ela tinha passagens por receptação e porte ilegal de armas e foi presa em 2023, cumprindo pena por pouco mais de um ano na Penitenciária Feminina de Santana e passando para regime aberto em 2024, segundo dados aos quais o UOL teve acesso.
Conhecida como "mainha do crime", a mulher financiava assaltos cometidos por motociclistas no Itaim Bibi e em outros pontos da cidade, segundo o secretário Guilherme Derrite. "O que comprova isso são as apreensões realizadas na data de hoje: três armas de fogo, celulares, várias bags, que são utilizadas por aqueles que se passam por falsos entregadores de aplicativo", afirmou o secretário à TV Globo.
O UOL buscou a advogada que representou Suedna na prisão anterior. O espaço será atualizado se houver posicionamento.
Autores do crime ainda não foram presos. A polícia não informou se eles foram identificados até o momento.
Morte de ciclista foi gravada
Vitor Medrado, 46, foi morto durante um assalto ao lado do Parque do Povo, no Itaim Bibi, na segunda-feira (13). Ele estava de bicicleta no local pouco antes das 6h quando foi abordado por dois homens em uma moto.
Câmera de segurança gravou ação criminosa contra o ciclista. Nas imagens, é possível ver o homem caindo no chão após ser atingido por um disparo na região do pescoço. O garupa da moto pega o celular de Vitor e os dois criminosos deixam o local. A vítima foi socorrida ao Hospital das Clínicas, mas não resistiu ao ferimento e morreu. O caso foi registrado como latrocínio.
Na quinta-feira, uma pessoa que trabalha próximo ao Parque do Povo contou ao UOL que já presenciou muitos furtos e assaltos na região. Segundo a pessoa, que preferiu não se identificar por segurança, os casos ocorrem com frequência enquanto as vítimas estão usando o celular.
Ex-mulher de Vitor, Gisele Gasparotto, que também é ciclista, diz que recebeu a notícia com um misto de indignação e tristeza. A fala ocorreu durante uma homenagem à vítima na sexta-feira (14).
O Vitor não é a primeira vítima e não será a última. Eu já fui assaltada, muitos colegas já tiveram seus pertences levados, seja bicicleta, seja celular, e as coisas não mudam. O policiamento vem e fica uma semana. Que a morte dele não seja em vão e que a gente consiga praticar nosso esporte com segurança.
Gisele Gasparotto, ex-companheira da vítima
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