Jovem desaparecida em SP é encontrada morta, diz delegado
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O corpo da adolescente Vitória Regina de Sousa, 17, foi encontrado na tarde de hoje em uma área de mata em Cajamar, na região metropolitana de São Paulo. A jovem estava desaparecida havia sete dias.
O que aconteceu
Vítima foi encontrada degolada, com marcas no corpo e o cabelo raspado. O corpo foi identificado pelas tatuagens, segundo relato do delegado da seccional da região, Aldo Galiano, ao Brasil Urgente (TV Bandeirantes). A Polícia Civil aguarda os resultados da perícia, segundo a SSP (Secretaria de Segurança Pública).
Ninguém foi preso até o momento. O caso segue em investigação pela Delegacia de Cajamar.
A família reconheceu o corpo de Vitória por foto e no local, ainda conforme Galiano. "Infelizmente, uma morte cruel. Foi achada degolada, com a cabeça raspada e muito machucada. Ela foi torturada. O que demonstra um crime de vingança. Essa é a principal pista que a gente tem no momento para investigar esse crime", disse o delegado.
Delegado ainda relatou outro detalhe da cena do crime que pode atrapalhar as investigações. As mãos de Vitória estavam enroladas com saco plástico, possivelmente para evitar que, ao se defender, a vítima ficasse com resquício de DNA do assassino. Mesmo assim, acrescentou Galiano, a polícia pediu o exame de DNA.
Creio que, pela crueldade, uma pessoa [sozinha] não conseguiria fazer isso. Quem cometeu esse crime conhece a região porque o local [onde o corpo foi achado], de fato, somente quem sabe chegar é que pode ir até lá. É o único lugar que tem uma passagem desmatada e, no final dela, foi encontrado o corpo.
Aldo Galiano, delegado
Advogado da família diz que a polícia tem três suspeitos de envolvimento com o crime, mas não forneceu detalhes. À imprensa, Fábio Costa relatou acreditar que não haverá surpresa sobre o autor ou autores do crime ao final das investigações e crê que o crime ocorreu de forma passional (sob forte emoção) ou vingança. "Neste momento, vou evitar dar informação de cunho pessoal. Mas vou dizer que, pela minha experiência, não é um crime de oportunidade, onde alguém passou, a viu e falou 'eu vou pegar essa menina'. Acredito que sim [que ela era alvo]."
Relembre o caso

Vitória saiu do trabalho no restaurante de um shopping e pegou um ônibus para sua casa, mas não chegou na residência. Durante o trajeto, a adolescente relatou sentir medo por estar sendo seguida.
Imagens mostram quando a jovem sai do trabalho e caminha em direção a um ponto de ônibus na noite de quarta-feira (26). Em mensagens de WhatsApp trocadas com uma amiga, ela conta que há dois rapazes no local e diz que está "com medo". A amiga recomenda que faça fotos deles, mas ela manifesta receio de ser vista tirando a foto.
Em seguida, ela pegou o ônibus e informa que um deles também subiu no coletivo. A amiga pergunta se ele a está seguindo e ela responde: "Espero que não". Logo depois ela informa que desembarcou e ele continuou no ônibus, manifestando seu alívio por isso. Testemunhas relataram à polícia terem visto um carro com quatro homens seguindo a jovem, depois que ela desceu do ônibus e caminhava em direção à sua casa.
A adolescente foi vista pela última vez no bairro Ponunduva, onde mora a família. Ela vestia uma camiseta cinza, calça legging preta, tênis branco e carregava uma sacola pink.
O pai da jovem disse aos policiais que sempre buscava a filha no ponto de ônibus, mas naquele dia seu carro estava em uma oficina mecânica e ela faria o percurso a pé. Durante as buscas, um corpo chegou a ser encontrado, mas não era a adolescente.
As buscas pela jovem mobilizaram mais de 100 agentes e contaram com auxílio de drones. A área de buscas foi estendida para os bairros vizinhos, com o emprego de cães farejadores treinados no canil da Guarda Municipal de Cajamar.
Em caso de violência, denuncie
Ao presenciar um episódio de agressão contra mulheres, ligue para 190 e denuncie.
Casos de violência doméstica são, na maior parte das vezes, cometidos por parceiros ou ex-companheiros das mulheres, mas a Lei Maria da Penha também pode ser aplicada em agressões cometidas por familiares.
Também é possível realizar denúncias pelo número 180 —Central de Atendimento à Mulher— e do Disque 100, que apura violações aos direitos humanos.
(Com Estadão Conteúdo)
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