'Com certeza foi vingança', diz delegado sobre jovem encontrada morta em SP

Vitória Regina de Sousa, encontrada morta com sinais de tortura em Cajamar (SP), foi assassinada por vingança, afirmou hoje o delegado responsável pela investigação.

O que aconteceu

Estado em que o corpo foi encontrado indica a motivação, segundo o delegado Aldo Galiano. "Pela crueldade no local, com certeza foi vingança. O que a gente quer estabelecer é se é uma vingança com participação de facção criminosa", disse, em coletiva de imprensa.

Delegado também afirmou que os seis suspeitos identificados até o momento se conhecem. "Um dos seis tem antecedentes criminais. Estamos tentando linkar se havia um relacionamento entre eles. Se tiver, o crime partiu dessa célula de seis pessoas. [...] Sabemos que eles se conhecem, mas precisamos de prova material", explicou.

Segundo Aldo, são investigados o namorado, um ex-namorado, dois homens que estavam no ônibus que ela subiu antes de desaparecer e outros dois que teriam "mexido com ela" em um carro. Esse carro e outro veículo, do suspeito que se entregou hoje, foram apreendidos e periciados.

A Polícia também investiga se o PCC está envolvido com o crime. Segundo o delegado, a jovem foi encontrada com o cabelo raspado, que é considerado um sinal deixado pela facção paulista por traição amorosa. Aldo também disse que, há quatro meses, um integrante do PCC foi preso na região onde o corpo foi encontrado.

Relembre o caso

Filmagem de câmera de segurança mostra jovem caminhando até ponto de ônibus em Cajamar (SP)
Filmagem de câmera de segurança mostra jovem caminhando até ponto de ônibus em Cajamar (SP) Imagem: Reprodução/RecordTV

Imagens mostram quando Vitória sai do trabalho e caminha em direção a um ponto de ônibus na noite de quarta (26). Em mensagens de WhatsApp trocadas com uma amiga, ela conta que há dois rapazes no local e diz que está "com medo". A amiga recomenda que faça fotos deles, mas ela manifesta receio de ser vista tirando a foto.

Em seguida, ela pegou o ônibus e informa que um deles também subiu no coletivo. A amiga pergunta se ele a está seguindo e ela responde: "Espero que não". Logo depois ela informa que desembarcou e ele continuou no ônibus, manifestando seu alívio por isso. Testemunhas relataram à polícia terem visto um carro com quatro homens seguindo a jovem, depois que ela desceu do ônibus e caminhava em direção à sua casa.

Continua após a publicidade

A adolescente foi vista pela última vez no bairro Ponunduva, onde mora a família. Ela vestia uma camiseta cinza, calça legging preta, tênis branco e carregava uma sacola pink.

Em caso de violência, denuncie

Ao presenciar um episódio de agressão contra mulheres, ligue para 190 e denuncie.

Casos de violência doméstica são, na maior parte das vezes, cometidos por parceiros ou ex-companheiros das mulheres, mas a Lei Maria da Penha também pode ser aplicada em agressões cometidas por familiares.

Também é possível realizar denúncias pelo número 180 —Central de Atendimento à Mulher— e do Disque 100, que apura violações aos direitos humanos.