Estação de trem em SP terá sistema com trilho extra para diminuir lotação

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A estação Palmeiras-Barra Funda, da linha 8-Diamante, administrada pela ViaMobilidade, receberá um sistema novo, com um trilho extra adicionado na via, visando diminuir a lotação das plataformas, especialmente nos horários de pico. A informação exclusiva foi obtida pelo UOL.
A 8-Diamante liga a Estação Júlio Prestes, no centro da capital paulista, a Amador Bueno, em Itapevi, na região metropolitana.
O que aconteceu
O sistema, chamado de "novo Y da Barra Funda", deve entrar em funcionamento entre o fim deste mês e o início de abril. A via auxiliar ficará localizada no final da estação Palmeiras-Barra Funda, entre os trilhos dos sentidos Júlio Prestes e Itapevi.
Trem vazio poderá ficar sobre o trilho extra e entrar em operação durante superlotação. Além disso, pode servir para que os trens consigam fazer um "retorno" e iniciar a viagem a partir da Barra-Funda, sem precisar ir até a última estação. Atualmente, a linha se conecta apenas na estação Júlio Prestes e em Itapevi.
Superlotação, demora no intervalo entre trens e falhas nas linhas 8 e 9-Esmeralda estão entre as reclamações dos passageiros. Em fevereiro, um trem da 8-Diamante apresentou defeito no ar-condicionado em um dia de forte calor em São Paulo. No mesmo mês, uma falha elétrica causou lentidão na linha e passageiros andaram nos trilhos. Em outubro de 2024, um trem da linha 9 pegou fogo.

A operação será semelhante ao que já ocorre entre Pinheiros e Varginha, da linha 9-Esmeralda. "Esse sistema reduz o tempo de viagem no horário de pico [porque a composição passa por uma estação a menos] e contribui para o aumento da oferta de viagens [com trens saindo de dois locais] para que a gente consiga atender essa demanda crescente", explicou André Costa, diretor das linhas 8 e 9, ao UOL.
A gente vai conseguir 'girar' os trens dentro dos percursos, criando uma melhor oferta de viagem, melhorando o conforto e a velocidade de transporte nas viagens. Consigo entregar um serviço melhor e mais rápido para quem embarca na Barra Funda.
André Costa, diretor das linhas 8 e 9
Concessionária estima que o intervalo entre trens pode ser reduzido de um a dois minutos. Atualmente, o intervalo é de até seis minutos. "O trem metropolitano não funciona igual ao Metrô, porque a tecnologia do Metrô é diferente e foi feita para um transporte com intervalo de trens muito pequenos. Já o trem metropolitano foi feito para distâncias maiores, então, ele também foi criado para intervalo entre composições maiores. Qualquer redução de minuto faz diferença", acrescentou Costa.
Questionada sobre as falhas e superlotação, a ViaMobilidade disse que realiza o aporte de R$ 1 bilhão para melhorias nas linhas 8 e 9 em 2025. Entre os planos está a revitalização e acessibilidade nas estações até 2027, e alteração nos sistemas de energia para aumentar a capacidade de trens, permitindo que mais composições rodem ao mesmo tempo nas vias em diferentes sentidos.
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