Caso Vitória: Maicol é transferido para presídio em Guarulhos por segurança
Ler resumo da notícia
Maicol Antonio Sales dos Santos, que confessou ter matado Vitória Regina Souza, de 17 anos, foi transferido hoje para o Centro de Detenção Provisória II de Guarulhos.
O que aconteceu
Ele foi transferido por questões de segurança, disse a SSP-SP (Secretaria de Segurança Pública de São Paulo). A pasta não detalhou o motivo.
Porém, a secretaria afirmou que não há registro de agressões contra Maicol. Ele passou por exames no IML (Instituto Médico Legal) antes de ser encaminhado ao presídio.
O UOL tenta contato com a defesa do suspeito para mais informações sobre o motivo da transferência.
No depoimento à polícia, Maicol disse que temia pela integridade física dele no sistema carcerário. Ele também afirmou que estava com medo da comunidade de Cajamar (SP), onde aconteceu o crime, fazer algo contra sua família.
Maicol agiu sozinho, diz polícia
A Polícia Civil afirmou que Maicol Antonio Sales dos Santos é o único autor do assassinato de Vitória Regina Souza. Investigações mostraram que o homem era "obcecado pela vítima" e laudo do IML revelou que menina morreu por hemorragia traumática.
"Fica claro que somente ele participou desse crime", afirmou Luiz Carlos do Carmo, diretor do Departamento de Polícia da Macro São Paulo. Polícia Civil realizou coletiva ontem para falar dos desdobramentos das investigações.
Segundo delegado, homem tem traços de psicopatia, fala do crime naturalmente e não tem sinais de arrependimento. "Mas essa circunstância vai ser avaliada na elaboração do seu exame criminológico, que vai ser necessário na fase judicial", ressaltou Fabio Cenacchi, delegado da delegacia de Cajamar.
Adolescente foi esfaqueada por reagir, e não sofreu abuso sexual. "Ele [Maicol] fala que realmente esfaqueou a vítima naquele momento do arrebatamento. Ela reagiu. Não foi encontrado sêmen ou sinal de abuso no corpo dela", detalhou o diretor da Demacro.
Vitória desapareceu no fim de fevereiro após sair do trabalho e ir para casa, em Cajamar, na Grande São Paulo. Naquela noite, a jovem pegou um ônibus e mandou mensagem para uma amiga. Depois, entrou em outro ônibus e escreveu para a amiga novamente dizendo que estava com medo de estar sendo seguida. O corpo dela foi encontrado no dia 5 de março, com sinais de tortura.