Cotidiano

Homem que roubou documentos do ex para ser médico em MG é preso no Rio

Do UOL, em São Paulo
Atualizada em

Um homem que roubou documentos de um ex-companheiro para trabalhar como médico foi preso em Copacabana, no Rio, no sábado.

O que aconteceu

Bruno Scott pegou o diploma de formação e a identidade do ex para fingir ser médico e trabalhar. Ele alterou a fotografia e passou a usar a documentação, segundo a investigação da Polícia Civil do Rio. Em 2014, ele foi contratado para trabalhar em UPAs em São João del-Rei (MG) e no hospital São Vicente de Paula, em São Tiago (MG).

Bruno tinha um mandado de prisão aberto pelos crimes desde novembro de 2023. Sua prisão aconteceu dez anos após o registro da ocorrência em Minas Gerais. Ele foi localizado por policiais da 12ª DP em um hotel de Copacabana, onde estava passando o fim de semana com amigos. Ele não resistiu à prisão.

À época, médicos desconfiaram da conduta de Bruno em alguns plantões. O corpo técnico de uma das unidades médicas de MG passou a suspeitar da qualificação de Bruno quando o homem demonstrou dúvidas nos procedimentos médicos e no uso de equipamentos. A partir daí, a direção da unidade onde o falso médico fazia plantão entrou em contato com um hospital de São Paulo para checar as referências. Foi então que a direção do hospital mineiro descobriu a fraude e denunciou o caso à autoridade. Um médico ainda narrou para a polícia que havia indícios que o homem teria feito uso de entorpecente injetável durante o expediente.

Não ficou claro quanto tempo ele atuou até ser denunciado, nem se cometeu erros médicos neste tempo. O UOL procurou as unidades de saúde para mais detalhes e o texto será atualizado assim que houver resposta. Suspeito já foi preso pela Polícia Federal em 2015 por tráfico internacional. Ele tentou trazer drogas do Paraguai para São Paulo. No mesmo ano, ele foi acusado por furto qualificado.

Agora, Bruno vai responder pelos crimes de exercício ilegal da medicina, falsidade ideológica e falsa identidade. O UOL tenta localizar a defesa do homem. O espaço fica aberto para manifestações.