Colgate recorre e venda de creme dental suspenso pela Anvisa é liberada
Ler resumo da notícia
A Colgate entrou com um recurso e conseguiu liberar a venda do creme dental do modelo Colgate Clean Mint, que havia sido suspensa por determinação da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).
O que aconteceu
A companhia reforçou seu compromisso com a qualidade e segurança de seus produtos. "Estamos cientes da decisão da Anvisa por uma interdição cautelar ao creme dental Total Clean Mint, que não implica no recolhimento do produto", diz nota enviada ao UOL.
Colgate conseguiu na Justiça o direito de suspender interdição automática do produto. Ou seja, as vendas continuam liberadas. "Seguimos tomando todas medidas cabíveis para interagir com a Anvisa e demonstrar a segurança do produto", acrescenta a empresa.
Produto não oferece riscos à saúde, segundo a companhia. Apesar disso, a Colgate ressalta que algumas pessoas podem apresentar sensibilidade a certos ingredientes - como fluoreto de estanho, corantes ou sabores.
"Nossas equipes estão preparadas para esclarecer quaisquer dúvidas sobre o creme dental Total Clean Mint com autoridades, profissionais, clientes e consumidores", segundo empresa.
O UOL procurou a Anvisa para saber se a agência vai recorrer da decisão. O espaço segue aberto para manifestação.
Anvisa proibiu comercialização de creme dental por relatos de reação após o uso
Agência determinou que todas as pastas dentais do modelo Colgate Clean Mint sejam interditadas. Interdição de produto tem prazo previsto em lei de 90 dias, segundo a própria Anvisa.
Eventos adversos. Ao menos oito notificações envolvendo 13 casos de "eventos adversos" com a pasta foram registrados entre 1º de janeiro e 19 de março de 2025, segundo a Anvisa. Os principais sintomas relatados são: inchaço (amígdalas, lábios e mucosa oral), sensação de ardência, dormência nos lábios e na boca, boca seca, gengiva irritada e vermelhidão.
Clientes relataram reações alérgicas após uso
Pasta Colgate Total Prevenção Ativa, uma nova versão da Colgate Total 12, mudou a fórmula. O produto, que começou a ser comercializado em julho de 2024, utiliza fluoreto de estanho, enquanto a versão anterior empregava fluoreto de sódio.
Após repercussão inicial do caso, empresa afirmou que mudança na fórmula é segura. A Colgate disse que o fluoreto de estanho é seguro, eficaz e amplamente usado em cremes dentais ao redor do mundo. A empresa disse também que "a nova fórmula é o resultado de mais de uma década de pesquisa e desenvolvimento e testes extensivos com consumidores, inclusive no Brasil".
A empresa reconheceu, porém, que "uma pequena minoria das pessoas pode apresentar sensibilidade a determinados ingredientes - como fluoreto de estanho, corantes ou sabores". Nessas situações, ela recomenda que os consumidores parem de usar o produto. Com a interrupção, "qualquer reação relacionada a ele cessará", diz a Colgate.
O Procon-SP notificou a Colgate. O órgão de defesa do consumidor afirmou hoje que notificação tem o objetivo de obter esclarecimentos sobre as medidas adotadas pela empresa após a suspensão do creme dental "Colgate Clean Mint" pela Anvisa. A Colgate tem 24 horas para enviar as respostas, incluindo imagens das embalagens e uma unidade vazia do produto para análise.
Como o consumidor pode identificar os produtos interditados, quais os lotes envolvidos e quais as orientações prévias para os consumidores que tenham sido impactados ou que possuam produtos dos lotes interditados sobre como devem proceder, além de outras providências relevantes em função da determinação da Anvisa.
Questionamentos feitos pelo Procon-SP