Garrafa térmica e empresas falsas: como quadrilha enviava drogas à Europa

A Polícia Federal deflagrou na manhã de quarta-feira a operação denominada "White Coffee", que desarticulou uma associação criminosa voltada ao tráfico internacional de drogas. Os criminosos usavam táticas sofisticadas, que incluíam diluição em fentanil nas remessas e levavam 1 kg de cocaína dentro de garrafas térmicas de café, de acordo com nota divulgada pelo site oficial.

O que aconteceu

Quadrilha tinha uma operação estruturada. A investigação revelou que os criminosos usavam empresas de fachada para enviar drogas a Portugal, Inglaterra, Itália, Alemanha, Dinamarca e Dubai. O grupo disfarçava a cocaína em garrafas térmicas e outros objetos comuns para driblar a fiscalização aduaneira.

Manipulação química e logística detalhada. Durante as investigações, a PF identificou que os suspeitos tinham conhecimento avançado sobre a manipulação química das drogas, incluindo fentanil. Além disso, a quadrilha utilizava uma rede de remessas expressas para enviar as drogas rapidamente.

Uso de empresas de fachada. Para garantir o fluxo do tráfico, os criminosos criaram empresas falsas, incluindo um MEI (Microempreendedor Individual), que servia para simular um negócio lícito e justificar os envios internacionais.

O início da investigação. O caso começou em 2024, quando um flagrante realizado pelo 1º BAEP da Polícia Militar de São Paulo revelou um laboratório clandestino de drogas em Campinas. Na ocasião, dois homens foram presos tentando enviar 1 kg de cocaína para a Itália dentro de uma garrafa térmica.

Mandados cumpridos em São Paulo. A PF executou oito mandados de prisão preventiva e 11 mandados de busca e apreensão em Campinas e Santo Antônio de Posse, ambas no estado de São Paulo.

Bloqueio de bens. Além das prisões, a Justiça determinou o bloqueio de bens e valores dos investigados para interromper o financiamento das atividades criminosas.

As acusações incluem tráfico internacional de drogas, associação para o tráfico e lavagem de dinheiro. A investigação continua para identificar outros envolvidos e aprofundar a origem dos recursos movimentados pela quadrilha.

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