Após 'força-tarefa' e viagem de 2.600 km, elefanta chega a santuário em MT
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A elefanta africana Pupy, 36, chegou ao Santuário de Elefantes Brasil, em Mato Grosso, ontem, quatro dias após embarcar em uma viagem de 2.600 quilômetros saindo da Argentina.
O que aconteceu

Viagem acabou no fim da manhã, mas a elefanta só saiu da caixa de transportes por volta das 20h. Ao longo das mais de 10 horas em que passou sem sair da caixa, ela estudou o ambiente e "tomou o tempo dela", segundo publicação feita pelo santuário nas redes sociais.
Na manhã de hoje, Pupy estava no galpão dos elefantes africanos. No local, ela jogou terra no corpo, um sinal de que a adaptação está funcionando. A expectativa é de que, nos próximos dias, ela saia do galpão e vá viver em liberdade no santuário.
Força-tarefa foi criada para acompanhar a viagem do animal. Dois cuidadores e dois veterinários saíram de Buenos Aires, além da equipe do próprio santuário brasileiro. Pupy não ficou sedada em nenhum momento da viagem e ficou em pé em todos os 2.600 quilômetros, um comportamento natural dos elefantes.
Escolta policial e monitoramento por câmeras. Para facilitar a viagem, o caminhão que trazia a elefanta foi escoltado pela polícia. Ela foi constantemente monitorada por câmeras, que permitiam que cuidadores reconhecessem a melhor hora para fazer pausas e qualquer possível necessidade dela.

Equipe carregou até óleos essenciais para ajudar na viagem. Além dos óleos, um kit de primeiros socorros foi levado pela equipe para caso de emergências. Ele não foi utilizado. Pupy também teve água em abundância, alimentos e isotônicos disponíveis ao longo da viagem.
Vida em cativeiro. A elefanta nasceu no Parque Nacional Kruger, na África do Sul, de onde saiu aos cinco anos. Ela era mantida no Ecoparque de Buenos Aires, na Argentina, desde 1993. O local funcionava como um zoológico e foi recentemente desativado.

Como é o santuário. O SEB, entidade especializada no manejo e cuidado de elefantes, conta com uma área de 51.000 m² - aproximadamente cinco hectares. Hoje, o espaço possui outras cinco elefantas, que são originárias da Ásia. Uma delas morava no mesmo ecoparque que Pupy, mas veio ao Brasil em 2020.
A princípio, Pupy ficará isolada dos outros elefantes. No futuro, porém, ela poderá interagir com os animais, se quiser. O santuário espera que, nos próximos meses, outra elefanta africana, chamada Kenya, possa se juntar a Pupy no local.
*Com informações do Estadão Conteúdo
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