Ex-deputada cadeirante é retirada de avião por causa de almofada ortopédica

A ex-deputada estadual de São Paulo Célia Leão (PSDB) foi impedida de embarcar num voo da Gol na tarde da última quinta-feira (1) por causa de uma almofada ortopédica que precisa usar por ser cadeirante.

O que aconteceu

A ex-deputada contou que foi retirada por falta de autorização para a almofada. Célia Leão afirmou que funcionários da companhia alegaram que ela não tinha autorização para usar o item no voo que vinha de Buenos Aires para o aeroporto de Guarulhos.

Célia Leão só conseguiu embarcar no início da noite de ontem após apresentar documentação médica. Ela disse que viaja com a almofada há mais de 40 anos e nunca tinha tido nenhum problema anteriormente, inclusive no voo de ida de São Paulo para Buenos Aires.

Foi uma falta de respeito muito grande. Eu já estava sentada quando a aeromoça veio dizer que eu não podia usar a almofada. Sem a almofada, eu posso ter feridas terríveis Célia Leão, secretária de Desenvolvimento Social de Valinhos (SP)

A ex-deputada contou que ficou cerca de 40 minutos no avião em terra até que fosse tomada uma decisão. Ela reclamou do comandante que não quis ouvi-la, apesar de ter pedido por quatro vezes para explicar a sua situação.

Preciso de um atendimento diferenciado como qualquer pessoa com deficiência. Quis explicar para a aeromoça e queria que o comandante, como autoridade máxima naquela aeronave me ouvisse, mas ele não quis falar comigo. Célia Leão, ex-deputada

Gol alega necessidade de documento. Em nota, a empresa aérea citou a ausência prévia de um formulário, chamado MEDIF, de informações médicas, como motivo para que a cliente não pudesse embarcar.

Companhia afirmou que "prestou toda a assistência necessária no momento do desembarque". A empresa disse que, após o envio do MEDIF, fez nova avaliação do caso, o que permitiu o embarque no dia seguinte.

Célia Leão reforçou que faltou sensibilidade por parte da empresa. "Eu ainda tive a possibilidade de conseguir a documentação médica, entrar em contato com um advogado rapidamente. Mas quantas pessoas não têm a mesma possibilidade?"

Deixe seu comentário

O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Leia as Regras de Uso do UOL.