Homem mata esposa na frente da família em confraternização em pousada de MG

Um homem de 38 anos foi preso após matar a própria esposa na frente da família dele em uma pousada de Belo Horizonte.

O que aconteceu

Todos estavam no mesmo cômodo no momento do crime. Arthur Henrique Franco Ribeiro de Paula estava vendo TV deitado na cama, sua esposa Fernanda Dantas Garrido, 40, estava sentada à mesa, conversando com a cunhada, e a mãe e o irmão do homem estavam no sofá.

Vítima foi morta esfaqueada no pescoço. Ato de violência teria acontecido "do nada", segundo testemunhas. Arthur se levantou da cama, foi até a esposa e a matou. As informações foram dadas pelos parentes dele à Polícia Civil. O irmão de Arthur contou à polícia que parou o irmão e se escondeu no banheiro com a mãe e a esposa por medo que o homem pudesse tentar contra a vida deles.

Arthur usou o próprio carro para deixar a cena do crime, mas foi preso em flagrante. Ele foi encontrado pela polícia na cidade de Curvelo (MG), a 160 quilômetros de BH, após o veículo que ele dirigia ser identificado. O facão usado por ele não foi encontrado pela polícia.

Fernanda foi assassinada pelo marido em Belo Horizonte
Fernanda foi assassinada pelo marido em Belo Horizonte Imagem: Fernanda Garrido/Instagram

Arthur tem diagnóstico de esquizofrenia, mas tratamento foi interrompido

Família alegou que homem é esquizofrênico. À Polícia Militar, os parentes de Arthur contaram que ele teria parado o tratamento há um ano e que tinha bebido meia garrafa de vinho na noite do crime. Ele e Fernanda casaram em 2018, tinham rompido o relacionamento após brigas, mas reataram semanas antes do assassinato.

Homem agiu "em completo discernimento", entendeu Justiça. Segundo a decisão que converteu a prisão de Arthur em preventiva no sábado, o fato de o homem deixar a cena do crime comprovou que ele é perigoso e que tinha noção do que tinha feito.

Defesa pede liberdade de Arthur durante o processo. Autor do crime foi representado pela Defensoria Pública de Minas Gerais na audiência de custódia. À Justiça, o órgão alegou que ele faz tratamento para esquizofrenia e que ele não prejudicaria o processo se respondesse em liberdade. Ao UOL, a defensoria explicou que um plantonista representou o homem, já que ele não constituiu defesa até o dia da audiência de custódia. "O Procedimento ainda é um Inquérito Policial. Após o oferecimento da denúncia, algum defensor da 1ª Defensoria do Tribunal do Júri de BH assumirá, caso não seja constituído advogado.", afirmou.

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Em caso de violência, denuncie

Ao presenciar um episódio de agressão contra mulheres, ligue para 190 e denuncie.

Casos de violência doméstica são, na maior parte das vezes, cometidos por parceiros ou ex-companheiros das mulheres, mas a Lei Maria da Penha também pode ser aplicada em agressões cometidas por familiares.

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