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PM, GCM e mais 7 são presos em operação contra Comando Vermelho em SP

A PCSP (Polícia Civil de São Paulo) prendeu nove pessoas, entre eles um policial militar e um guarda civil municipal, em uma operação para combater a atuação de uma célula ligada à facção criminosa CV (Comando Vermelho) no interior paulista.

O que aconteceu

Policial militar e guarda civil municipal presos atuavam na cidade de Araras. Outro guarda civil municipal suspeito de participação teve ordem de prisão expedida, mas não foi encontrado e é considerado foragido. Sete suspeitos de integrar a facção fluminense CV também foram detidos. As informações são da PCSP.

Polícia cumpriu dez mandados de prisão temporária. Também foram cumpridos 16 mandados de busca e apreensão nas cidades de Limeira, Araras e Leme, em São Paulo, e em Gramado, no Rio Grande do Sul. O GCM preso estava em um hotel na cidade gaúcha.

Militar e guardas auxiliavam na expansão do CV no interior de SP. De acordo com a investigação, os suspeitos têm como principal objetivo o domínio de rotas do tráfico de drogas e armas na região de Limeira e Araras.

Grupo ligado ao CV também queria matar membros do PCC. O Primeiro Comando da Capital é uma organização criminosa criada em São Paulo, e principal rival da facção fluminense. As duas organizações haviam selado um "acordo de paz" que chegou ao fim.

Região disputada pelo PCC e CV em SP é conhecida como "Rota Caipira". Entre cidades como Limeira e Araras, os criminosos transportavam drogas produzidas na Bolívia e na Colômbia, além de transferir armas rumo ao Rio. Assim, abasteciam facções do estado em meio à "guerra travada por narcoterroristas da capital fluminense", afirmou a polícia.

Grupo ligado ao CV é suspeito de "múltiplos homicídios consumados e tentados nos últimos anos" em São Paulo, afirmou a PCSP. Segundo a investigação, os criminosos agiam "com características bem delineadas, por meio de emboscadas e emprego de armamento sofisticado", inclusive com o uso de "sicários", como são conhecidos os assassinos de aluguel.

Além dos presos, os investigadores também apreenderam quatro armas, munições, 14 celulares, aparelhos eletrônicos, documentos, R$ 16 mil, 2,5 kg de cocaína e meio quilo de maconha.

O Comando da Polícia Militar de São Paulo não se manifestou sobre a prisão do PM. A prefeitura de Araras também não comentou o envolvimento de GCMs na suposta célula do CV no estado. Como os presos na operação não tiveram a identidade divulgada, não foi possível localizar suas defesas para pedir posicionamento. Em ambos os casos, o espaço segue aberto para manifestação.

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