Quem é médico suspeito de matar envenenada a esposa com ajuda da mãe em SP

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O médico ortopedista Luiz Antônio Garnica, suspeito de matar a professora Larissa Rodrigues envenenada em Ribeirão Preto (SP), atua na área de medicina esportiva.
Quem é
Luiz tem 38 anos e é natural de Pontal, no interior de São Paulo. Ele se formou em medicina em 2011 na Unaerp, em Ribeirão Preto - onde mora e trabalha desde então. Em uma consulta hoje no site do Conselho Federal de Medicina, seu registro médico permanece ativo e regular.
Luiz era casado com Larissa desde 2014. Os dois se conheceram na academia, não tinham filhos e cuidavam juntos de um pet. Nas redes, ele frequentemente postava fotos com a esposa e fazia declarações apaixonadas por ela. O casal compartilhava as viagens, eventos sociais e treinos de musculação que faziam juntos.
Após a morte de Larissa, ele publicou uma sequência de fotos dela. ''Te amo, aonde quer que você esteja saiba que você me fez o homem mais querido, mais feliz e mais amado do mundo e quero ser para você sempre o seu melhor amigo, namorado, marido, companheiro, o amor da sua vida toda, assim como você é da minha'', escreveu em uma das publicações.
Médico tem três irmãos, mas um deles morreu. Nathalia Garnica, que foi candidata a vereadora de Pontal em 2024, morreu em fevereiro deste ano após um infarto. Após o caso de envenenamento de Larissa, a Polícia Civil abriu uma investigação para apurar a causa da morte da irmã.
Ele se especializou em ortopedia e traumatologia. Ele diz atuar na área de hipertrofia, emagrecimento, saúde hormonal, doenças crônicas e envelhecimento saudável. ''Realizo consultas para pessoas que querem uma melhor qualidade de vida, acompanhamento para o processo de emagrecimento, hipertrofia e manutenção de massa muscular, e terapia de reposição hormonal quando indicada'', descreve no LinkedIn.
O homem fez pós-graduação em Medicina do Esporte na Faculdade BWS. Também deu monitoria em aulas da mesma instituição de ensino. Já trabalhou na Sermed como plantonista e cirurgião ortopédico e, atualmente, atendia em um consultório particular no bairro Jardim Califórnia da cidade.
Suspeito tinha academia como hobby. ''Comecei a treinar com 15 anos e desde então a musculação virou minha terapia. Com o tempo, virou uma paixão, um estilo de vida e hoje atuo como Médico do Esporte'', contou no Facebook. Além dos próprios treinos, ele divulgava os avanços do corpo dos pacientes.
Entenda o caso
Luiz e a mãe, Elizabete Arrabaça, foram presos na terça-feira suspeitos de assassinato. Ontem a tarde, eles passaram por audiência de custódia e tiveram as prisões mantidas pelo Tribunal de Justiça de São Paulo.
A professora de pilates Larissa Rodrigues, de 37 anos, morreu em março e um exame revelou envenenamento. Ela foi encontrada morta pelo companheiro no apartamento do casal. O laudo toxicológico concluiu a causa da morte como envenenamento após encontrarem a substância popularmente conhecida como ''chumbinho'' no corpo da vítima.

Veneno foi dado em doses
Veneno teria sido administrado ao longo da semana da morte de Larissa. Em entrevista coletiva ontem, o delegado Fernando Bravo informou que a professora de pilates contou a algumas amigas que estava se sentindo mal, com sintomas como diarreia, toda vez que a sogra a encontrava.
Sogra tentou comprar chumbinho 15 dias antes. A suspeita teria ligado para uma amiga, que é proprietária de uma fazenda, perguntando se ela possuía a substância. Segundo o delegado, ela ainda perguntou onde poderia comprar o produto.
Luiz Antonio tentou se desfazer de provas limpando o apartamento. De acordo com Bravo, o médico encontrou a esposa já com rigidez cadavérica e tentou limpar o apartamento para se livrar de pistas que pudessem ligá-lo ao caso. ''A participação dele ficou bem evidente para nós'', afirmou.
Médico mantinha relação extraconjugal
No dia anterior à morte de Larissa, o suspeito teria ido ao cinema com a amante. Quando a polícia cumpriu mandados de busca e apreensão no apartamento do casal, os investigadores também encontraram a mulher no local, que passou a ser investigada.
Motivação do crime, no entanto, continua sendo apurada. Os celulares da vítima, do médico, da sogra e da amante foram apreendidos e estão sendo analisados.
O que dizem as defesas
Defesa de Luiz nega que cliente tenha envolvimento na morte de Larissa. O advogado Julio Mossin disse que ainda não teve acesso aos autos, mas ''adianta que o Luiz não matou a esposa e nem concorreu para tanto''.
Advogado de Elizabete disse que não irá se manifestar no momento. Bruno Corrêa informou que a investigação ocorreu sob sigilo e deve ser liberada hoje para as partes. Por isso, aguarda para comentar sobre o assunto.
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