Homem que matou menina de 12 anos é condenado a 19 anos de prisão
Márcio Padrão
colaboração para o UOL
12/05/2025 18h30
O assassino da menina Lara Maria Oliveira Nascimento, que foi morta em março de 2022 aos 12 anos de idade, foi condenado a 19 anos e nove meses de prisão. Wellington Gallindo de Queiroz teve sua sentença na tarde de hoje.
O que aconteceu
A mãe de Lara se manifestou após sentença. "Hoje é a voz da Lara que tá ecoando em todo o país, e ela não é só um número. A minha filha não sofreu em vão", disse Luana Oliveira Nascimento, a repórteres.
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"Suas filhas estão seguras", disse mãe outras mulheres. Cercada de familiares, Luana disse que a prisão do assassino protegerá outras crianças de serem vítimas dele.
É um pequeno alívio para a sociedade, para aquela sociedade que me julgou por muitas vezes, que mandava eu ir pra minha casa, que mandava eu parar de divulgar fotos dele. Eu quero dizer para toda uma sociedade: seus filhos de Campo Limpo, de Francisco Mourato, podem por 19 anos ficarem tranquilos, eles podem continuar as vidas dele. As suas filhas estão seguras das mãos de Wellington Gallindo de Queiroz. A minha filha não volta mais, mas eu continuar honrando a memória dela.
Luana Oliveira Nascimento, mãe da vítima
Culpado não teria olhado para mãe da vítima. Segundo Luana, Wellington não levantou o rosto para encará-la no julgamento. "Eu gritei três vezes no microfone pra ele levantar a cabeça e olhar nos meus olhos. Os últimos olhos que a minha filha viu foram os dele. E ele não quis olhar nos meus olhos", disse. "Hoje é a voz da Lara que tá ecoando em todo o país, e ela não é só um número. A minha filha não sofreu em vão."
Relembre o caso
Última vez em que Lara foi vista foi em 16 de março de 2022. Naquele dia, Lara chegou da escola por volta das 12h. E logo em seguida saiu para ir a um mercadinho, na Rua Benedito de Azevedo, no Parque Santana, Campo Limpo Paulista, para comprar um refrigerante.
Depois que saiu de mercado, não foi mais vista. Preocupados, os pais da menina registram um boletim de ocorrência. As buscas contaram com cães farejadores.
O corpo da vítima foi encontrado três dias depois. Um jardineiro que trabalhava na região achou o cadáver. Ele avisou a polícia, que foi até o local e constatou que era Lara.
O caso foi registrado como homicídio. E exames necroscópicos foram solicitados. A polícia segue nas investigações e conta com as imagens de um comércio próximo ao matagal para conseguir alguma pista sobre o crime.
Wellington Galindo foi detido pela Polícia Federal só em 2024. Ele estava em Foz do Iguaçu, no Paraná. Agentes já haviam procurado o suspeito nas regiões Norte e Nordeste, onde ele tem família, mas não foi encontrado.