Conteúdo publicado há 1 mês

Tuta, líder do PCC nas ruas, é preso na Bolívia

A polícia boliviana prendeu ontem Marcos Roberto de Almeida, o Tuta, a principal liderança do PCC nas ruas. Ele estava foragido desde fevereiro de 2024.

O que aconteceu

Tuta foi preso após apresentar um documento falso em Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia. Ele tentava renovar o visto do seu Cartão de Identidade de Estrangeiro (CIE) com o nome de Maycon Gonçalves da Silva quando o sistema alertou que ele era procurado pela Interpol.

Agentes da Interpol levaram Tuta para uma verificação de identidade. Eles saíram do shopping Ciudad Indana, onde Tuta fez o agendamento para renovar a documentação, e foram para um escritório da Interpol. "Ele estava registrado como alerta vermelho internacional com o nome Marcos Roberto de Almeida. Ao ser identificada dupla identidade, ele foi conduzido à sede da Divisão Central Econômica e Financeira da FELCC (Fuerza Especial de Lucha contra el Crimen)", informou a polícia boliviana.

Ele foi preso por falsidade ideológica, falsidade material e uso de documento falso na Bolívia. Ele passará por audiência de custódia, onde será formalizado um pedido de extradição ao Brasil.

Tuta é apontado como o líder do PCC nas ruas. As investigações da PF apontam que ele é um dos principais articuladores do esquema internacional de lavagem de dinheiro da facção.

Ele fugiu do Brasil após vazar a informação de que ele era um dos alvos da Operação Sharks, em 2020. Em fevereiro de 2024, Tuta foi condenado a mais de 12 anos de prisão por associação criminosa e lavagem de mais de R$ 1 bilhão entre 2018 e 2019.

PCC tentou espalhar informação falsa sobre morte de Tuta. Em 2021, o Ministério Público de São Paulo chegou a anunciar que Tuta foi excluído e morto pelo tribunal do crime após ordenar a morte de Nadim Georges Hanna Awad Neto e Gilberto Flares Lopes Pontes, o Tobé, tesoureiro do PCC, sem aprovação formal da cúpula da facção. Porém, depois a promotoria descobriu que era uma contrainformação por parte da facção para despistar as autoridades.

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