PF prende grupo que produzia drogas sintéticas no Rio com apoio do CV

Ler resumo da notícia
A Polícia Federal prendeu nove membros de uma quadrilha que produzia drogas sintéticas no Rio de Janeiro e queria se tornar o maior cartel produtor das substâncias no Brasil com o apoio do Comando Vermelho. As informações foram reveladas pelo Fantástico, da TV Globo.
O que aconteceu
Suposto líder da organização e outros oito suspeitos foram presos. Vinicius Abade, apontado como chefe da quadrilha intitulada "Cartel Brasil", foi detido e a Polícia Federal pede na Justiça a captura de R$ 50 milhões em bens do suspeito. A reportagem não conseguiu contato com a defesa do homem. Outros 16 envolvidos seguem foragidos.
Quadrilha produzia ecstasy, MDMA e MDA em larga escala e distribuia pelo Brasil. Os criminosos se instalavam em comunidades do Rio de Janeiro para produzir as substâncias de maneira informal e com o apoio da facção criminosa local.
Criminosos tinham aval do Comando Vermelho e praticavam uma espécie de escambo da droga. O grupo negociava com a facção para ter proteção e liberdade para produzir as drogas nas comunidades em troca de parte da mercadoria produzida, segundo a investigação da Polícia Federal.
Facção local ficava com parte da droga produzida, enquanto o restante era distribuído pelo país. Os criminosos usavam empresas de fachada para obter matéria-prima e produzir as drogas nos complexos do Alemão e da Penha. Em apenas uma das compras, segundo a investigação, o grupo adquiriu insumos suficientes para produzir quatro milhões de comprimidos das substâncias ilegais.
Quadrilha pegava receita na internet para fabricar as drogas. Sem orientação técnica ou materiais profissionais, os criminosos produziam os ilícitos e anunciavam. A droga era distribuídas pelas chamadas "mulas" em todo o Brasil a partir da comercialização em redes sociais.
Crianças estariam envolvidas na produção, segundo a polícia. Ainda de acordo com a reportagem do Fantástico, o delegado responsável pela investigação, Samuel Escobar, relatou que pessoas eram contratadas informalmente para trabalhar no laboratório clandestino — incluindo adolescentes e crianças.
Deixe seu comentário
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Leia as Regras de Uso do UOL.