Justiça solta empresários flagrados com R$ 1,3 milhão no aeroporto do DF
A Justiça mandou soltar os três homens que foram flagrados com malas de dinheiro vivo, somando R$ 1.258.431, no aeroporto de Brasília.
O que aconteceu
Detidos por suspeita de lavagem de dinheiro, os empresários foram liberados após de audiência de custódia na 1ª Vara de Criminal de Brasília. Cesar de Jesus Glória Albuquerque, Erick Pinto Saraiva e Vagner Santos Moitinho desembarcaram de Manaus e foram presos em flagrante pela Polícia Federal no dia de início da Marcha de Prefeitos, que é realizada na capital federal.
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A Justiça ordenou, porém, que eles não saiam de Brasília e sejam monitorados por tornozeleira eletrônica durante três meses. Eles também foram proibidos de se aproximar do evento de prefeitos, num raio de até 200 metros, de acordo com a ordem judicial. A PF havia pedido que a Justiça convertesse a prisão em flagrante em prisão preventiva.
Em depoimento, o empresário Cesar Jesus, dono da Comercial CJ, disse que atende a prefeituras do Amazonas em "atividades diversas". Ele afirmou à PF que atua no "ramo de comércio de alimentos, prestação de serviços de transporte, fornecimento de material de escritório, dentre outras atividades diversas". O UOL tenta localizar os empresários.
Ele negou pagar propinas e disse que não tem relação com a Marcha dos Prefeitos. "É comum proceder com o transporte de valores em espécie, tendo em vista a existência de facilidade no momento de pagamento de fornecedores e na obtenção de descontos", afirmou Jesus no depoimento. Ele também afirmou que os valores achados [R$ 400 mil] com ele s"ão provenientes do contrato de fornecimento de alimentos vigente junto a Prefeitura de Manaus".
Jesus estava acompanhado de Moitinho e Saraiva, que atuariam nos ramos de materiais de construção e vestuário. Os dois silenciaram em depoimento à polícia.
Empresário recebeu ajuda na pandemia
O empresário Cesar Jesus tem 25 anos e é dono de uma empresa com capital social de R$ 2,5 milhões. Entre maio de 2020 e outubro de 2021, ele foi beneficiário do programa social auxílio emergencial, para pessoas em situação de vulnerabilidade durante a pandemia de covid. Ele possui três veículos, uma Saveiro, um Onyx e uma caminhonete Toyota Hylux.
Os elementos de convicção apresentados sustentam a proveniência e possível destinação ilícita dos
valores que, aparentemente, decorrem de crimes perpetrados em desfavor da administração
pública municipal
Márcio Lima, delegado da PF