Operação no Rio deixa dois feridos em ônibus e bloqueia vias importantes

Uma operação da Polícia Civil do Rio de Janeiro no Complexo de Israel paralisou a avenida Brasil e na Linha Vermelha na manhã de hoje. Ao menos duas pessoas que estavam em veículos que passavam nas vias ficaram feridas e aulas foram afetadas.

O que aconteceu

Bloqueios na avenida Brasil e na Linha Vermelha aconteceram na altura de Vigário Geral. Segundo o Centro de Operações Rio, as vias foram liberadas por volta das 8h30, mas o tráfego pela região ainda não é aconselhado por causa do trânsito intenso.

Vinte escolas foram fechadas pelos tiroteios. Elas estão em Parada de Lucas, Vigário Geral, Cidade Alta e na comunidade de Cinco Bocas/Pica-pau. Uma delas é da rede estadual e outras 19 da rede municipal.

UFRJ também suspendeu as aulas. A universidade determinou que a presença dos estudantes não fosse cobrada hoje, nem que provas e avaliações fossem aplicadas. A medida vale para os campi da Cidade Universitária, Praia Vermelha, Centro e Caxias.

Feridos são motorista de ônibus e passageiro. O motorista de um veículo que passava pela Linha Vermelha foi atingido no braço, mostra um vídeo divulgado nas redes sociais. A outra vítima ferida é um passageiro de outro ônibus que passava pela Avenida Brasil. Os estados de saúde deles não foram divulgados.

Quatro ônibus foram atingidos por tiros, segundo a Federação das Empresas de Mobilidade do Estado do Rio de Janeiro. Ao UOL, a Semove afirmou que as linhas atingidas por tiros foram a 442B, 405T, 420T e 444L. Vidros foram quebrados e latarias foram danificadas.

Passageiros que aguardavam BRT precisaram se deitar no chão para escapar dos tiros. As linhas 60 - Deodoro x Gentileza (Parador) e 61 - Deodoro x Gentileza (Expresso) foram interrompidas por mais de uma hora e normalizadas às 8h25, segundo a Mobi Rio.

Operação contra o Terceiro Comando Puro

A operação Complexo do Israel buscava ao menos 44 traficantes — desses, 20 foram localizados e presos. Segundo a PCERJ, eles foram identificados após sete meses de investigações. Até as 9h, oito pessoas tinham sido presas. Duas construções usadas como ponto de ataque pelos traficantes também serão derrubadas.

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Suspeitos fazem parte da facção Terceiro Comando Puro. Eles seriam comandados por Álvaro Malaquias Santa Rosa, conhecido como "Peixão". O grupo atua nas regiões de Vigário Geral, Parada de Lucas, Cidade Alta, Cinco Bocas e Pica-Pau usando barricadas, drones para monitorar policiais, toque de recolher e até mesmo promovendo a intolerância religiosa, além de monopolizando os serviços públicos.

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