Homem vítima de ataques homofóbicos de jornalista: 'Espero que ela pague'

O analista de comunicação Gustavo Leão, vítima de ataques homofóbicos feitos pela jornalista Adriana Catarina Ramos de Oliveira, relatou o "show de horror" que presenciou ontem, em um condomínio no centro de São Paulo, e disse esperar que a justiça seja feita. As declarações ocorreram durante entrevista ao UOL News, do Canal UOL.

Olha, isso é tão difícil de responder porque a gente sabe que esse tipo de crime, às vezes, é banalizado. Então, eu espero de verdade que ela pague pelo que fez. Gustavo Leão, analista de comunicação

Adriana Catarina Ramos de Oliveira, ex-jornalista de veículos importantes como Globo e Record, foi filmada ofendendo três homens gays no saguão do prédio onde moram na região central da capital paulista — dois dias após chamar outro rapaz de "bicha nojenta" no shopping Iguatemi, também em São Paulo, e ser presa. (Saiba mais sobre o primeiro caso abaixo)

A mulher de 61 anos foi levada novamente para delegacia, onde prestou esclarecimentos, e, mais uma vez, liberada. A reportagem do UOL tenta contato com a defesa de Adriana. O espaço segue aberto.

Ao Canal UOL, Gustavo contou que é vizinho de parede da jornalista e que esse não foi o primeiro ataque homofóbico cometido por ela no condomínio.

Eu tenho outros dois amigos que estavam comigo e também sofreram os ataques. Eles não estão nem condições de falar. É muito triste e, principalmente, pelo fato de estarmos no mês de orgulho LGBTQIAPN+ [sigla que representa a diversidade] e vermos imagens ainda como essa sendo exibidas. Sendo minha vizinha é mais assustador ainda.

A gente passou uma noite bastante complicada. Nem conseguimos dormir porque ela estava no apartamento ao lado e não sabemos do que ela é capaz de fazer.

E eu acho que vale abrir um parêntese aqui e ressaltar que ela não é uma pessoa que tem problema psicológico. Ela faz realmente para ferir, ofender, para desestabilizar e achincalhar. O que aconteceu na portaria do prédio foi uma espetacularização.

Ainda bem que tínhamos testemunhas, outros moradores e os próprios funcionários do prédio. A própria Polícia Militar foi super solícita e conseguiu falar com a gente já de imediato. E agora estamos tomando as medidas judiciais cabíveis para que possamos levar o caso adiante e para que ela não continue cometendo esse tipo de crime com outras pessoas. Gustavo Leão, analista de comunicação

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Mulher é reincidente

No último fim de semana, a mulher já havia sido presa em flagrante, após chamar um homem de "bicha nojenta" em uma cafeteria do shopping Iguatemi, na zona oeste de São Paulo.

Em nota, a SSP-SP (Secretaria de Segurança Pública de São Paulo) informou que policiais militares foram acionados e, no local, "constataram que a mulher havia proferido ofensas homofóbicas a um homem". Segundo a pasta, os envolvidos no episódio foram conduzidos à delegacia, onde testemunhas confirmaram a versão da vítima. Ela passou por audiência de custódia e liberada.

Na ocasião, Adriana gravou vídeo dizendo ter sido "agredida" e chamada de "velha". À TV Globo, ela afirmou que havia se arrependido das ofensas.

Um dos homens envolvidos na confusão rebateu a alegação da jornalista e contou, também à TV Globo, que Adriana estava ofendendo uma das atendentes da cafeteria.

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