Conteúdo publicado há 30 dias

Empresário assassinado em Interlagos teve morte 'triste e agonizante'

O empresário Adalberto Amarílio dos Santos Júnior, achado sem vida em um buraco no autódromo de Interlagos, sofreu uma morte "triste e agonizante". A informação foi repassada pelo DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa) durante coletiva de imprensa na tarde de hoje.

O que aconteceu

Adalberto não morreu de forma instantânea e foi vítima de um assassinato "lento e sofrido'. "[Ele teve] uma morte lenta, agonizante... Ele podia estar tentando respirar", segundo a diretora do DHPP, Ivalda Aleixo.

Laudo da Polícia Técnico-Científica confirmou a presença de sêmen na região peniana do empresário. No entanto, isso não é um indicativo de que Adalberto teve relação sexual antes de morrer, segundo o secretário executivo da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, Osvaldo Nico.

Liberação do líquido seminal é "normal" em casos de morte por asfixia. Conforme o secretário, em mortes desse tipo pode haver a eliminação de sêmen devido a contrações nas vesículas seminais. Nico também destacou que o fato de o empresário estar sem as calças quando foi encontrado sem vida é um indicativo de que o assassino quis "humilhá-lo", não um indício de violência sexual.

Capacete usado por Adalberto para pilotar a motocicleta estava rachado. Para o secretário, esse é um indício de que o empresário utilizou o equipamento para tentar se defender após ter sido atacado.

Polícia agora investiga o caso como homicídio. Ainda segundo Nico, os policiais trabalham com três linhas de investigação, mas maiores detalhes não foram fornecidos porque "o caso é complexo e está sob sigilo".

Relembre o caso

Imagem aérea da TV Globo mostra área com buracos onde foi encontrado o corpo do empresário Adalberto Amarilio dos Santos Junior, próximo a kartódromo de Interlagos, em São Paulo
Imagem aérea da TV Globo mostra área com buracos onde foi encontrado o corpo do empresário Adalberto Amarilio dos Santos Junior, próximo a kartódromo de Interlagos, em São Paulo Imagem: Reprodução/TV Globo

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Empresário havia desaparecido após ir a evento de motos no Autódromo de Interlagos. Pelas redes sociais, familiares de Adalberto e internautas pediam que informações sobre o seu paradeiro fossem enviadas para a companheira dele, a farmacêutica Fernanda Dandalo, por meio de seu perfil no Instagram.

Último contato do empresário com a esposa foi no dia 30 de maio, por volta de 20h. Imagens das câmeras de segurança registraram Adalberto chegando sozinho ao evento do autódromo. Não foram achadas ainda imagens dele saindo do local.

Corpo foi encontrado no buraco de obras da prefeitura na manhã de terça-feira, dia 3 de junho. Desde então, a polícia tenta elucidar o caso.

Adalberto se apresentava nas redes sociais como empreendedor. Ele trabalhava em uma ótica, que possui unidades em Osasco e em Barueri, na Grande São Paulo.

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