'Fiz tudo o que eu podia', diz piloto de balão que caiu em SC

O piloto do balão que caiu e matou oito pessoas em Santa Catarina afirmou que fez tudo o que podia para salvar os passageiros no acidente.

O que aconteceu

Elves de Bem Crescêncio contou que conseguiu salvar 12 pessoas. "Me sinto responsável pelo meu pouso de emergência, onde consegui salvar 12 vidas. Fiz tudo que tinha ao meu alcance para que eu pousasse o balão e permanecesse no chão o máximo de tempo possível", disse ele, ao Domingo Espetacular, da Record.

Para ele, não deveria haver um procedimento para as pessoas saltarem do balão por ser "algo raro" de acontecer. "É um procedimento que é raro acontecer. É raro um [balão] cair."

O balão caiu com 21 pessoas a bordo. Oito pessoas acabaram morrendo e 13 sobreviveram, incluindo o piloto.

Os que morreram na queda não conseguiram saltar no início do incêndio, segundo polícia. Ao perceber o início do incêndio, o piloto teria conseguido baixar o balão e, ao se aproximar do solo, ele ordenou que as pessoas pulassem e saltou do balão com elas, disse o responsável pela delegacia de Praia Grande, Tiago Luiz Lemos.

Alguns passageiros, porém, não conseguiram deixar a aeronave que, mais leve, alçou voo. No ar, quatro pessoas pularam e quatro morreram carbonizadas. Queimado, o balão caiu na comunidade de Cachoeira do Bom Jesus, em Praia Grande.

As chamas começaram no cesto do balão, por causa de um maçarico. A informação preliminar foi passada por Lemos. O delegado-geral da Polícia Civil de Santa Catarina, Ulisses Gabriel, disse que o órgão vai apurar o que aconteceu, em conjunto com a Polícia Científica do estado. "Dia de luto", escreveu ele nas redes sociais.

O balão pertencia à empresa Sobrevoar, que diz cumprir todas as normas estabelecidas pela Anac. Em nota publicada nas redes sociais, a empresa destacou que não tinha registros de acidentes anteriores.

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