Apoiado pelo atual governo, Dario Saadi é eleito prefeito de Campinas (SP)
O médico urologista Dario Saadi (Republicanos), 57, vai ser o novo prefeito de Campinas. Ele venceu o segundo turno das eleições municipais contra o deputado estadual Rafa Zimbaldi (PL), em uma campanha focada na política local e que deixou de fora figuras como o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e o governador João Doria (PSDB)
Saadi foi eleito com 222.030 votos (57,07% dos votos válidos), contra 166.995 (42,93%) de Zimbaldi.
Saadi contou com o apoio do atual prefeito de Campinas, Jonas Donizette (PSB), de quem foi secretário de esportes. O PSB, partido do atual chefe do executivo, também indicou o vice-prefeito, Wanderley Almeida, o Wandão, que foi secretário de Relações Institucionais desta gestão e é conhecido como o braço-direito de Jonas.
Apesar disso, a campanha optou por deixar Jonas Donizette em segundo plano. O atual prefeito não participou da campanha e limitou-se a defender Saadi e Wandão em suas redes sociais. Quase como um slogan de campanha, o prefeito eleito de Campinas afirmou várias vezes que quer "garantir o que está dando certo e mudar o que for preciso".
Mesmo com o apoio velado do prefeito, Saadi chegou a apresentar como suas obras de Donizette. Por exemplo, a implantação do BRT em Campinas, que começou na atual gestão, mas vai ser inaugurada no próximo governo.
Saadi, que também foi vereador entre 1995 e 2012 e presidente do Hospital Mario Gatti —o maior hospital público de Campinas—, afirmou durante a campanha que vai dar atenção especial para a saúde e prometeu inaugurar o Hospital Pediátrico Mário Gattinho que, segundo ele, vai ser entregue até novembro de 2021.
Segundo turno de ataques
Após uma campanha morna de primeiro turno, com 14 candidatos e a vitória de Dario Saadi com 25,78% dos votos totais, contra 21,86% de Rafa Zimbaldi, o segundo turno em Campinas foi recheado de ataques dos dois lados. O candidato derrotado criticou muito a atual gestão durante as duas semanas de campanha e acusou o adversário de receber doação ilegal em 2014 e de estar ligado a um assessor da prefeitura detido por suspeita de venda de testes de covid-19.
Já Zimbaldi foi acusado de contratar muitos comissionados quando ocupou a presidência da Câmara de Campinas e de ser um dos deputados estaduais que mais gasta. O candidato derrotado tentou se apresentar na campanha de segundo turno como opositor do governo Jonas, apesar de ter rompido com a atual gestão apenas em abril deste ano, quando percebeu que não contaria com o apoio do prefeito nas eleições.
A vice de Zimbaldi, Annabê (PSDB), é mulher do deputado federal Carlos Sampaio (PSDB). Mesmo assim, tanto Sampaio quanto o governador João Doria, também tucano, não participaram da campanha do candidato do PL.
Mesmo após sua vitória, Saadi ainda é alvo de um pedido de impugnação de sua candidatura pelo Ministério Público, por suposta compra de votos e uso da máquina pública. O prefeito eleito nega ter cometido qualquer irregularidade.
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